Ataques dos EUA contém avanço do Estado Islâmico no Iraque

AFP
11/08/2014 às 15:13.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:44
 (Ahmad Al-Rubaye)

(Ahmad Al-Rubaye)

Os ataques norte-americanos contra militantes do Estado Islâmico (grupo anteriormente conhecido como Estado Islâmico do Iraque e do Levante, EIIL) no norte do Iraque, têm conseguido, ao menos temporariamente, conter o avanço do grupo radical sunita pelo território curdo, afirmou nesta segunda-feira (11)  o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel.

Ele falou em Sydney, na Austrália, quando se preparava para coordenar os esforços conjuntos com o país da Oceania para o lançamento de alimentos para os civis que não conseguem se deslocar por causa dos combates no Iraque.

Os Estados Unidos trabalham com parceiros, dentre eles a Austrália e a França, para prestar assistência a milhares de integrantes da minoria religiosa
yazidi, que estão presos numa cadeia de montanhas ao norte da cidade de Erbil, predominantemente curda, após fugirem dos militantes que ameaçavam massacrá-los.

A crise se transformou numa urgência global humanitária, já que até 30 mil civis estão em perigo de perecer nas mãos de soldados do Estado Islâmico ou de morrer de fome, disse Hagel em coletiva de imprensa antes das Consultas Ministeriais EUA-Austrália.

"Eles (ataques aéreos) têm sido muito eficientes, segundo todos os relatos que recebemos", afirmou Hagel. Forças norte-americanas têm usado artilharia pesada contra instalações de armazenamento de morteiros e combatentes no norte do Iraque há três dias.

O ministro da Defesa da Austrália, David Johnston, não descartou envolvimento militar juntamente com os Estados Unidos no combate ao grupo Estado Islâmico, mas disse que o único foco do país agora é no fornecimento de ajuda humanitária por meio dos lançamentos de água e comida.

Autoridades dos governos dos Estados Unidos e da Austrália, dentre elas o secretário de Estado John Kerry, estão reunidas na Austrália nesta semana para discutir questões de segurança regional e global.

Fonte: Dow Jones Newswires
 

Apoio americano

Nesta segunda-feira (11), o Departamento de Estado norte-americano. informou que os EUA vão entregar armas às forças de segurança curdas que combatem os jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico (EI), no Norte do Iraque.

"Vamos colaborar com o governo iraquiano enviando aos curdos armamentos", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, à imprensa. Segundo ela, as armas sairão do arsenal das Forças Armadas americanas, e a entrega deve começar na próxima semana. Marie não informou o tipo de armas que o governo norte-americano enviará para às tropas curdas (peshmergas).

Após meses de confrontos no Iraque e de participar da guerra civil na Síria, o Estado Islâmico passou a controlar uma grande parte de território do Norte do Iraque e do Leste da Síria.

No dia 29 de junho, os jihadistas anunciaram o estabelecimento de um califado, sistema de governo islâmico que desapareceu há quase 100 anos, com a queda do Império Otomano.

De acordo com a porta-voz, a crise levou os governos do Iraque e do Curdistão, cujas relações são normalmente tensas, a cooperar. "A colaboração entre forças iraquianas e curdas atingiu níveis sem precedentes. É algo que nunca observamos no passado", afirmou a porta-voz.

Na última sexta-feira (8), os Estados Unidos começaram a atingir alvos do Estado Islâmico na tentativa de impedir que o grupo avance no Curdistão e de proteger o consulado norte-americano de Erbil, cidade da região autônoma curda.

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