Dois suicidas atacaram uma praça de Damasco durante o horário de rush nesta terça-feira (11), matando pelo menos 14 pessoas, informaram ativistas e meios de comunicação estatais. Ativistas disseram que uma das explosões aconteceu no interior de uma delegacia de polícia e que muitos dos mortos são policiais.
As explosões foram o primeiro grande ataque à capital síria desde que o regime do presidente Bashar Assad recapturou a estratégica cidade de Qusair, que esteve em poder dos rebeldes por mais de um ano.
Acredita-se que o regime esteja intensificando sua ação na região para retirar os rebeldes da região central da Síria, área importante que lida Damasco a redutos do regime na costa do Mediterrâneo. Apoiado por combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah, o regime tomou o controle de Qusair, perto da fronteira com o Líbano, após uma ofensiva de três semanas.
Um funcionário do setor de segurança, citado pela televisão estatal, disse que dois terroristas suicidas atacaram perto de uma delegacia de polícia na movimentada praça Marjeh, no coração da capital. Ele disse que 14 pessoas morreram e 31 ficaram feridas.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres e que conta com uma rede de ativistas em solo sírio, informou que 15 pessoas morreram nas explosões, uma das quais foi causada por um homem que detonou os explosivos que levava junto ao corpo no interior da delegacia. O Observatório disse que outra explosão aconteceu do lado de fora da base policial.
Ataques suicidas e com carros-bomba se tornaram comuns em Damasco. Alguns dos ataques mais violentos têm como alvo instalações de segurança e foram assumidos pelo Jabhat al-Nusra, grupo ligado à Al-Qaeda, uma das várias facções rebeldes que lutam contra as forças de Assad.
O Observatório informou também a ocorrência de confrontos entre rebeldes e forças do regime no bairro de Dar-al-Sayah, na cidade de Homs, controlado pela oposição. O grupo também disse que havia confrontos em Alepo na madrugada desta terça-feira, entre rebeldes e combatentes do regime, no que parecia ser uma tentativa de assumir o controle de dois bairros mantidos pela oposição.
Ativistas em Alepo e Homs afirmaram que as forças militares do governo nas duas cidades contam com o apoio de combatentes do Hezbollah. O Observatório também disse que há relatos de combates na província de Deraa, no sul, nas proximidades de uma vila que tem sido disputada pelos dois lados nos últimos dias. Fonte: Associated Press.