A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) cortou nos últimos dias o fornecimento de água de serviços públicos em regiões abastecidas pelo Sistema Guarapiranga, na zona sul da capital. Nesta quinta-feira, 10, o reservatório estava com 77,4% de capacidade. A concessionária está remanejando a água do reservatório para cerca de 400 mil imóveis que eram abastecidos pelo Sistema Cantareira. Os cortes aconteceram entre segunda e quarta-feira.
Funcionários do Hospital Geral Pedreira, na região de Interlagos, afirmaram que um agente da Sabesp foi até o local na segunda-feira para avisá-los de que não haveria água nos próximos dias. "Fomos informados de que haveria uma manutenção. O agente deixou um número de telefone caso houvesse a necessidade de a Sabesp mandar um caminhão-pipa", disse uma funcionária, que não se identificou. No entanto, segundo ela, os reservatórios do hospital estavam cheios e o corte não prejudicou os atendimentos. A Secretaria de Estado da Saúde, porém, afirmou que não houve falta de água no hospital.
Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Umuarama, em Cidade Ademar, faltou água na segunda e na terça-feira. Ninguém foi avisado do corte. Funcionários disseram que as consultas já agendadas para os dois dias não precisaram ser canceladas. Outros atendimentos da UBS também não foram comprometidos pelo corte. Mesmo assim, quem trabalha na unidade teme que novos cortes possam prejudicar os pacientes. O problema se repetiu na Escola Estadual Professor José Hermenegildo Leoni, que fica a 600 metros da UBS. "O problema não foi só na escola. Outras ruas também tiveram o mesmo tipo de problema", afirmou um professor. Ainda segundo ele, os alunos não precisaram ser dispensados.
Normalização.
A Sabesp negou que houve corte de água nos endereços onde estão os serviços públicos. De acordo com a empresa, houve um vazamento na rede de água que abastece a região. Segundo a Sabesp, os reparos foram concluídos na madrugada de terça-feira e "o abastecimento na região encontra-se normalizado".
Guarulhos e Diadema são as únicas cidades da Grande São Paulo onde há racionamento confirmado. Os cortes na capital começaram a ser relatados no início de março em bairros da zona norte. Os moradores afirmam que o fornecimento é cortado à noite. A Sabesp nega racionamento na cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.