Ativista do Greenpeace desembarca em SP e segue para Porto Alegre

Folhapress
28/12/2013 às 10:49.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:02

SÃO PAULO - A ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Maciel, de 31 anos, chegou neste sábado (28) ao país após passar quase três meses na Rússia, onde foi presa após participar de um protesto em uma plataforma de petróleo no Ártico. De acordo com a entidade, ela está "emocionada, tranquila e ansiosa para rever a família".    Ana Paula chegou por volta das 7 horas no aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, e seguiu às 9h10 para Porto Alegre, onde reencontra a família. Ela deixou São Petersrburgo, na Rússia, por volta das 20 horas locais (14 horas em Brasília) de sexta (27).    Pouco antes de embarcar na sexta-feira 927), a ambientalista disse que estava feliz por deixar a Rússia, onde ficou dois meses presa acusada de vandalismo junto com outros 30 ativistas. "Estou muito feliz em voltar para casa, mas ainda apreensiva porque não devolveram nosso navio".    A bióloga se refere ao barco Arctic Sunrise, apreendido pelas autoridades russas em setembro, quando a brasileira e outros 29 ativistas do Greenpeace foram presos durante um protesto contra exploração de petróleo no Ártico.    Ana Paula conseguiu na quinta-feira o visto de saída da Rússia, um dia depois de receber uma anistia em relação às investigações que sofria juntamente com os colegas de ONG. Todos ficaram cerca de dois meses presos e estavam em liberdade provisória, dentro da Rússia, desde o fim de novembro.    Na sexta-feira, outros oito ativistas chegaram aos seus países de origem os britânicos Alex Harris, Anthony Perrett, Phil Ball, Iain Rogers e Kieron Bryan; os holandeses Faiza Oulahsen e Mannes Ubels e o canadense Alexandre Paul.    Todos foram autorizados a deixar o país após o Parlamento russo aprovar a anistia de 20 mil prisioneiros, medida que também beneficiou os ativistas do Greenpeace. Além deles, foram liberados duas integrantes da banda Pussy Riot e o ex-magnata Mikhail Khodorkovsky, após indulto do presidente Vladimir Putin.    Uma das estratégias do dirigente russo ao libertar essas pessoas é melhorar a imagem externa do seu país e impedir protestos nos Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro, em Sochi, na costa do mar Negro.

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