No vácuo deixado pelo Movimento Passe Livre (MPL), que divulgou que não convocará novas manifestações, diversos coletivos passaram a conclamar protestos em São Paulo e no País. Em vez de focar na redução do preço da tarifa, a pauta se pulverizou: as demandas, agora, vão da redução do preço dos aluguéis ao boicote à TV Globo. As datas para as reivindicações já chegam até o mês de julho.
Um dos que prometem movimentar mais a Grande São Paulo é o promovido pelo movimento Periferia Ativa. Segundo um de seus militantes, Guilherme Boulos, na terça-feira, milhares de pessoas devem parar ruas e rodovias da região. Além da capital, estão na lista Taboão da Serra, Osasco e ABC paulista. "Temos quatro reivindicações: tarifa zero, diminuição dos aluguéis, fim dos gastos de dinheiro público com a Copa do Mundo e o fim da violência policial nas áreas periféricas."
Alunos da Faculdade de Direito da USP, com estudantes do Mackenzie e da PUC avaliam a possibilidade de uma manifestação na segunda-feira, 24. Desta vez, é por melhorias no transporte público e mais transparência nos gastos da Prefeitura com empresas contratadas para gerir os ônibus na cidade.
Mas há outros protestos com objetivos mais inusitados. Todos suscitados pelo Facebook. Um sugere que ninguém assista à Globo no dia 1.º de julho. Ontem, já tinha 1,6 milhão de adesões. Outro tentava organizar, para amanhã, uma manifestação em que os participantes usem máscaras e fantasias.
O "ato", que promete ter uma aula de direito, está previsto para as 13h de amanhã no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. "Em momentos como esses a diversidade precisa de heróis, anti-heróis, justiceiros", disse o organizador no Facebook.
Para o universitário Alexandre Ferreira, presidente do diretório acadêmico dos alunos de Direito da USP, ações públicas assim, sem sentido, ou que sejam voltadas contra partidos políticos são temerárias. "A juventude não deve negar o sistema democrático." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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