BRASÍLIA – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do Chile, Cristian Larroulet, disse na segunda-feira (7) que há suspeitas de envolvimento de integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com os crimes registrados em Araucanía, no Norte do país. Houve incêndios e duas pessoas morreram. Na região, fazendeiros e indígenas da etnia Mapuche, uma das mais atuantes no país, disputam espaço e força política.
Por determinação do presidente chileno, Sebastián Piñera, foi reforçada a segurança em Araucanía e adotada a execução da Lei Antiterrorismo, definida durante o governo militar de Augusto Pinochet. Piñera reuniu os principais assessores e líderes dos partidos políticos para discutir o assunto que desestabiliza o país.
Nos últimos quatro dias, foram registrados seis ataques incendiários a residências, veículos e maquinário agrícola no Sul do Chile. A etnia Mapuche representa cerca de 5% da população indígena do Chile e é considerada articulada politicamente. Os confrontos em Araucanía já provocaram duas mortes e vários incidentes considerados criminosos por envolver incêndios suspeitos. Ainda está em análise a possibilidade de o governo decretar estado de emergência na região.
O ministro do Interior e Segurança Pública, Andrew Chadwick, disse que o governo está determinado a localizar os responsáveis pelos incêndios criminosos na região." Paralelamente, Piñera nomeou o chefe dos carabineiros [Polícia Militar Urbana], Carlos Carrasco, como comandante das operações em Araucanía.