Balanço da safra 2010 em Montes Claros revela perdas de produtividade

Jornal O Norte
14/01/2011 às 09:15.
Atualizado em 15/11/2021 às 17:19

Janaína Gonçalves


Repórter





Apesar da divulgação do IBGE – Instituto brasileiro de geografia e estatística de que a safra 2010 foi de 8,5% maior do que a de 2009, em Montes Claros as perdas de produtividade, conforme revelou a Emater e a secretaria de agricultura, foi de 40 a 80% de algumas culturas. Um dos argumentos citados pelos especialistas foi a falta de chuvas e a estiagem prolongada.





De acordo com o secretário de agricultura, Roberto Amaral, o ano agrícola inicia normalmente nos meses de julho e agosto. Diante disto, já se pode registrar com expectativas positivas de que o ano de 2011 será mais promissor em produtividade do que em 2010, uma vez as chuvas têm sido bem distribuídas.





- A colheita de 2009/2010 não foi tão favorável como o esperado, e já para a safra 2010-2011, a cultura anual e permanente tem grande chances de uma produtividade mais satisfatória para este ano – revelou.








BALANÇO PRODUÇÃO AGRÍCOLA





Conforme balanço da Emater, o cultivo de culturas em Montes Claros não teve um saldo positivo.





A cultura de milho em grão, em 2010, teve uma plantação de 3 mil hectares plantados, com uma produtividade de 2.300 kg por hectares, e foram obtidos 700 kg por hectares.





Já em toneladas, o plantio foi de 6.900, sendo obtidas 2.100 em produtividade, com perdas de 69.6%.





Do milho silagem, foram plantados 450 kg hectares, sendo esperado uma colheita de 45.000 kg por hectares, mas só foi obtida 18.000. A produção em toneladas foi 20.250, obtidas 8.100, ou seja, houve uma perda de 60% da produção.





A produção do sorgo em grão teve uma área plantada de 200 hectares, com 3.000 kg hectares esperado, mas sendo obtidas 16.900. Em toneladas as perdas registraram 45,7% pois, era esperada uma produtividade de 600, mas apenas 338 foram colhidos.





Já o sorgo foragem teve uma produção em toneladas de 11.250, mas só foram obtidas 6.750, ou seja perda de 40%.





A cana-de-açucar teve um produção em hectares esperado de 80.000, mas foi obtido apenas  48.000. Em toneladas a produção esperada de 52.000, apenas 31.200 foi produtiva, causando um reflexo negativo de 40%.





O mesmo aconteceu com a plantação de arroz, que teve uma perda em toneladas de 55%.





Em contrapartida, a única cultura que obteve um saldo de perda menor foi a da mandioca. Conforme análise da Emater, a produção em toneladas foi de 10.074, sendo obtidos 8.280, ou seja, uma perda de 17,8%.








CAOS





A produção mais prejudicada foi a do feijão. A primeira safra teve um plantio de 400 hectares, sendo obtidas apenas 300 kg. Em toneladas, era esperado 624 kg hectares, mas somente obtidos 120 hectares, uma perda alarmante de 80,8% na produção.





De acordo com os dados do IBGE, o segundo prognóstico para a safra nacional de feijão das águas em 2011 aponta para uma produção esperada de 2 milhões de toneladas, superando em 26,0% a produção alcançada no ano corrente. A expectativa de que essa safra se desenvolva em condições meteorológicas dentro da normalidade, já que se estima um rendimento médio de 863 kg/ha, 13,1% superior ao obtido na safra correspondente de 2010. Os preços praticados no mercado, por ocasião do plantio da 1ª safra, estimularam o cultivo, registrando-se uma área plantada de 2,3 milhões de hectares, 2,5% maior que a de 2010.

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