Valéria Esteves
Repórter
valeria@onorte.net
Bananicultura volta a ser o chamariz de bons negócios para a região. Depois de parcerias terem sido firmadas com a com fruticultores da Itália os produtores do Norte de Minas estão se capacitando para atender a demanda de mercado.
Segundo informações da Abanorte- Associação dos Fruticultores do Norte de Minas, haverá, entre os produtores da região e da Itália, um intercâmbio onde o cooperativismo tem como importância facilitar a comercialização dos produtos.
Nos últimos dias a Embrapa- Empresa brasileira de pesquisa agropecuária veio a Janaúba falar sobre o Pif Brasil da Banana (Sistema integrado de fruta).
Atualmente, a PIF contempla as seguintes espécies: Citros, Maçã, Mamão, Uva, Manga, Caju, Coco, Banana, Melão, Pêssego/nectarina, Goiaba, Caqui, Maracujá e Figo.
Segundo a Embrapa o objetivo do curso que durou uma semana foi capacitar técnicos para atuarem como responsáveis técnicos de propriedades e empacotadoras inscritas no programa de produção integrada de banana além de habilitá-los para o processo de certificação de propriedades e empacotadora num trabalho realizado em parceria com órgãos credenciados com o INMETRO na avaliação de conformidade.
Os organizadores relataram que o curso está oferecendo informações sobre o sistema de produção integrada de banana, processo de auditoria e avaliação da conformidade, aspectos econômicos, sociais, técnicos e ambientais relacionados ao cultivo da bananeira objetivando cumprir as premissas básicas do sistema de produção e das normas técnicas específicas para esse cultivo.
Segundo Zilton José Maciel Cordeiro, coordenador do curso, a produção integrada de banana vem sendo trabalhada no Norte de Minas e no sudoeste da Bahia, mas os dois primeiros projetos foram desenvolvidos em São Paulo e Santa Catarina, gerando os documentos básicos do PIB- Produto Interno Bruto que podem ser acessados e utilizados por qualquer produtor interessado no sistema.
De acordo com o Ministério da Agricultura, a PIF- Produção Integrada de Frutas é uma exigência dos mercados importadores sobretudo da Comunidade Européia (CE), rigorosa em requisitos de qualidade e sustentabilidade, que enfatiza primordialmente a proteção do meio ambiente, segurança alimentar, condições de trabalho, saúde humana e viabilidade econômica. E nesta linha de pensamento, o sistema PIF vai consolidar a competitividade do setor frutícola nacional e fortalecer as relações entre os setores público e privado, além de dinamizar o mercado interno e permitir uma expansão das exportações brasileiras.
A colocação em prática do conjunto de normas da PIF pelo produtor, permitirá que o mesmo utilize um selo de qualidade para o seu produto. O selo de qualidade nas frutas garante a rastreabilidade do sistema de produção, facilitando a exportação, o comércio nacional, e uma maior aceitação destes frutos por parte do consumidor.
Com as pesquisas outras variedades de bananas estão ao longo dos anos sendo testadas como forma de procurar uma variedade que se adapte melhor as condições climáticas de solo e que sejam principalmente mais resistentes ao mal do panamá, incidente na região e a Sigatoka Negra. Vale lembrar que temas relativos a produção intensiva da banana está sendo discutida hoje no seminário de fruticultura em Janaúba.