O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), criado no âmbito do Brics, grupo de países formado pelo Brasil, pela Rússia, India, China e África do Sul, foi tema da reunião nesta terça-feira (6), em Xangai, na China, entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, e o presidente do NDB, Kundapur Vaman Kamath.
Durante o encontro, Nunes e Kamath falaram sobre avanços institucionais do banco e os esforços para ampliar a sua atuação no Brasil. Atualmente, o banco financia no país mais de US$ 600 milhões em projetos nas áreas de infraestrutura, transportes e saneamento básico.
O ministro elogiou o progresso nos trabalhos do banco desde sua última visita a Xangai, ocorrida em maio. Nesse período, foi assinado acordo para a instalação do escritório regional da instituição para as Américas, em São Paulo. A previsão é de que a inauguração ocorra em maio de 2019, possivelmente por ocasião do Brazil Investiment Forum, na capital paulista.
O presidente da instituição falou também sobre os "estudos para a futura adesão de novos membros e reforçou-se a prospecção de projetos a serem financiados no Brasil”.
“A representação do NDB no Brasil facilitará o acesso de empresas e instituições públicas ao banco e dinamizará os trabalhos de prospecção e elaboração de projetos”. Kamath falouainda que, em pouco tempo, deverão ser definidos os critérios para expansão do número de membros no banco, medida, segundo ele, necessária para que o NDB se torne uma instituição financeira de âmbito global.
Kamath disse ainda que a instituição vem trabalhando para a contratação de profissionais brasileiros, de maneira que "os Estados-membros tenham uma representação equitativa nos quadros da instituição. Ao término do encontro, o ministro Aloysio Nunes destacou que o NDB é uma das principais realizações já alcancadas no âmbito do Brics.