Belo Horizonte é a terceira cidade brasileira a sediar a Campus Party

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
09/11/2016 às 08:25.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:35

(Divulgação)

Belo Horizonte tem chamado a atenção do setor de tecnologia. Movimentos como o San Pedro Valley, que surgiu há cerca de cinco anos no bairro da Regional Sul da capital, é um exemplo de que não faltam profissionais querendo transformar ideias em negócios. E uma prova de que BH está mesmo no mapa do empreendedorismo é que amanhã a cidade se torna a terceira sede de uma edição no Campos Party no Brasil.

Conversamos com o diretor geral da Campus Party, Tonico Novaes, que explica que a cidade tem vivido um momento muito importante no fomento de ideias e criação de negócios. “Belo Horizonte sempre foi um polo de entretenimento muito forte e também de tecnologia. Nesse momento em que estávamos analisando expandir a Campus Party para outras cidades do Brasil fazia todo sentido vir para Belo Horizonte”, explica Novaes, sobre a razão de trazer o evento para a capital.

“O fomento de tecnologia e empreendedorismo em Belo Horizonte é real. E mais: não é algo local. A própria San Pedro Valley é um conceito muito interessante e a Campus chega num momento em que o mercado está bastante maduro e capaz de desenvolver boas ideias que podem resultar em bons negócios”, complementa o diretor, que estima que pelo menos 50 mil pessoas visitem o evento e outros três mil “campuseiros” se instalem no Expominas. 

Nada de senso comum
A imagem clássica do Campus Party, que se configura pelo emaranhado de barracas (como a imagem que ilustra essa página) pode indicar que o evento é uma espécie de confraria de nerds fechados em seu mundo. Mas o nerd ou geek se tornou uma peça fundamental num formato profissional que vem se desenhando. “O geek não é tão introspectivo quanto se imagina”, pontua Novaes. Segundo ele, há várias tribos de diferentes áreas de interesse e a conexão delas é o grande diferencial para o surgimento de boas ideias e realizações.

A Campus Party acontece junto com a feira de inocação Finit, no Expominas, de hoje a 13 de novembro, com entradas variando de R$ 60 a R$ 195


E essa Babel de especializações permite que simples ideias e até mesmo projetos consistentes ganhem impulso para se tornar um negócio. “Na Campus tem de tudo, você pode levar um negócio para ser conectado ou pode apenas levar uma ideia. Tem um exemplo muito interessante que é o de um cadeirante de São Paulo que resolveu mapear os estabelecimentos da cidade que ofereciam acesso para pessoas mobilidade reduzida. Ele conseguiu na Campus Party formar uma equipe que desenvolveu o aplicativo chamado “Vai que Dá!”, que relaciona estes endereços e a receita provém dos próprios estabelecimentos que se tornaram anunciantes do aplicativo”, recorda.

Crise
E num momento de crise, muita gente aposta em empreender em negócios próprios tendo como base suas competências, que vão desde produzir salgados a ideias mais complexas. No entanto, o que o Tonico aponta é que vivemos num período em que as gerações estão mais abertas às trocas de experiências.

“Estamos num momento em que as gerações convivem no mesmo ambiente, onde há interação, aprendizado, troca de técnicas. Hoje os filhos ensinam os pais, aprendem pela web”, observa Novaes, que afirma que esse diálogo deve ser potencializado.

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