Existem muitas dúvidas na hora de trocar o óleo, desde o intervalo de tempo entre um serviço e outro, até como verificar o nível do lubrificante. Algumas, comuns a quase todos os motoristas, estão diretamente relacionadas com o mal desempenho do veículo e, para esclarecer os pontos mais importantes relacionados a esse assunto, o gerente técnico da Total, Marcelo Beltran, dá dicas preciosas.

“Com o passar do tempo, o óleo do motor pode perder a sua viscosidade. Essa propriedade garante que o lubrificante permaneça por mais tempo revestindo as partes móveis, como bielas, anéis, cilindros, bronzinas, mancais e válvulas, entre outras”, explica o especialista.

Com a perda de viscosidade do óleo, o atrito entre as peças compromete o bom funcionamento do motor, diminuindo sua vida útil, reduzindo o desempenho, aumentando o consumo e, a médio ou longo prazos, provocando desgaste prematuro nos anéis até levar o propulsor à retífica.


Premissas

Para saber qual tipo de óleo usar, o motorista deve recorrer ao Manual do Proprietário e, para saber quando trocar o lubrificante, existem quatro premissas:

“Usar o óleo correto, na quantidade indicada, utilizando as ferramentas e dispositivos de lubrificação adequados e na periodicidade recomendada”, enfatiza Beltran. “O mais adequado é procurar locais com a estrutura necessária e com a equipe treinada”.

Alguns critérios têm que ser obedecidos, de acordo com a viscosidade do óleo e a aditivação especificadas no manual. Todos os lubrificantes trazem essas informações nos seus rótulos. “Os óleos semissintéticos ou de base sintética, possuem performance superior, comparados aos lubrificantes minerais”, avalia ele.


Nível

Com o uso cotidiano do automóvel, o nível do óleo baixa um pouco devido às folgas do motor e à queima parcial na câmara de combustão. Assim, enquanto não chega o momento da troca, deve-se completar o nível gradativamente.

“Não é recomendado misturar óleos minerais com sintéticos, principalmente de marcas diferentes. Além disso, não é economicamente vantajoso, já que o óleo sintético é muito mais caro que o mineral”, aconselha Beltran. “Para medir o nível do lubrificante, é importante que se espere pelo menos 15 minutos após o propulsor ter sido desligado”.