TERESÓPOLIS – Belo Horizonte, 28 de junho de 2014. Em meio à tensão do embate contra o Chile, que caminhava para a disputa por pênaltis, a torcida mineira presente no Gigante da Pampulha começou a entoar nas arquibancadas o grito de “eu acredito”. Do banco de reservas, o atacante Bernard se deixou levar pelo mantra atleticano na conquista da Libertadores de 2013 e passou a energia positiva aos companheiros, que tentavam superar a forte equipe andina. Deu certo. O Brasil conseguiu passar adiante após as cobranças da marca do cal.   Pouco mais de uma semana depois daquele duelo, Bernard e companhia voltarão ao Mineirão, desta vez para um páreo ainda mais duro: terão pela frente a Alemanha, uma das seleções mais fortes da atualidade. De quebra, eles não poderão contar com a ajuda de Neymar, companheiro cortado da delegação canarinho após fraturar a terceira vértebra lombar. Nada que abale o ex-atacante do Galo. Segundo ele, as adversidades são naturais à competição e, para avançar à final, bastará à Seleção Brasileira seguir os passos dos gritos da torcida e acreditar até o fim.   “Dentro do jogo contra o Chile eu vivi um pouco daquele clima. Foi um momento de emoção. A gente sabe que encontramos dificuldades, como ocorreu dentro da Libertadores. É natural encontrar adversidades. É um campeonato mundial.  Mas, como na Libertadores, é preciso acreditar até o fim. A gente sabe que tem qualidade para passar pela Alemanha e também que podemos ser campeões. É só dar um passo de cada vez”, avaliou o “menino com alegria nas pernas”.   Bernard, por sinal, é um dos cotados para substituir o camisa 10 da Seleção Brasileira. Chegou-se a comentar que ele seria o escolhido devido à proximidade que tem com a torcida mineira, além das características ofensivas semelhantes as de Neymar. O ex-atacante do Galo, porém, fez questão de rechaçar essa hipótese e afirmou que Felipão irá optar pelo jogador que melhor se encaixar na equipe.   “Isso (proximidade com a torcida) não pesa na escolha. O Felipão tende a escolher por quem melhor encaixar na equipe. Caso eu não seja o melhor, vou ter a tranquilidade de entender isso. Mas vai ser um momento especial para todos. É uma semifinal de Copa do Mundo. O jogador que entrar tem que saber da responsabilidade que carrega. Temos que dar o máximo, se preparando bem, pois todos os jogadores pensam de uma maneira só. É nesse pensamento que sonhamos em chegar ao nosso objetivo principal, que é o título”, afirmou Bernard.    Questionado se haveria um peso de substituir o craque canarinho, Bernard fez questão de dizer que tal pressão é inerente à situação. Porém, quem for o escolhido estará preparado para exercer a função do craque.   “O peso sempre vai existir. Como disse antes, não só eu, mas qualquer outro jogador não esperava estar nessa situação, principalmente pelo nosso companheiro estar lesionado. Mas temos que ter maturidade para passar por isso. Caso a oportunidade apareça, estaremos preparados de todas as maneiras”, concluiu o “menino com alegria nas pernas”. 

Compartilhar