Amanda Acosta, atriz
Qual sua relação com Bibi Ferreira?
Vem de algum tempo. Quando eu tinha 17 anos, ouvia incansavelmente uma fita cassete com a trilha do musical Gota d’Água, que ela protagonizou, nos anos 1960. Bibi sempre se expressou pela voz. Isso ficou introjetado em seu talento. Ensaiei muito para me aproximar do tom dela, pois o vibrato de Bibi é diferente do meu. E, depois da visita que fizemos à sua casa, onde me mostrou muitas fotos, tive a certeza de que Bibi é uma artista superior, maior do que pensamos.
Bibi, assim como seu pai, o ator Procópio Ferreira, também lutou muito pela profissionalização do ator no Brasil.
Sua vida social se confundia com a profissional. Não à toa Bibi sempre disse: "Não consigo lembrar de mim fora de um teatro". Ela e Procópio lutaram muito pelos direitos da categoria e ele morreu um pouco antes de isso acontecer. Mas ficou a lembrança de sua luta.
Nos encontros que você já teve com Bibi, ela lhe passou algum conselho?
Quando fui cumprimentá-la certa vez, declarando minha admiração pela sua arte, Bibi revelou seu segredo: "Isso é muito trabalho, minha filha, muito trabalho". Hoje, entendo isso perfeitamente.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.