Automóveis híbridos e elétricos há um bom tempo deixaram de ser ensaios de laboratório e têm conquistado o interesse de consumidores no mundo todo. No Brasil, marcas como Ford, Mercedes-Benz, Toyota e Nissan têm apostado nesse segmento, mas nenhum de maneira tão chamativa quanto a BMW com o seu cupê i8, que foi apresentado oficialmente no último Salão do Automóvel de São Paulo. Segundo modelo da divisão de elétricos e híbridos, o i8 conta com dois motores: um elétrico e outro a gasolina que conferem um desempenho superior aos tradicionais motores seis cilindros da marca, além de um design futurista e padrão de acabamento que não deixam a desejar ao topo de linha Série 7.
Oferecido por R$ 799.950, o i8 foi totalmente planejado para receber motorização híbrida e não se trata de uma adaptação dos módulos elétricos, como ocorre em alguns modelos. Dessa forma, o cupê distribuição de massas de forma equilibradas que garantem excelente comportamento dinâmico, para quem busca, não apenas um carro ecologicamente correto, mas performance de esportivo. Segundo a marca seu design, além de remeter a proposta futurista e um tanto extravagante, foi desenhado em função do melhor comportamento dinâmico, com vincos e curvas que otimizam o fluxo de ar.
O conjunto motor e as baterias foram distribuídas entre os eixos do i8, sendo que o motor turbo três cilindros 1.5 litro, o mesmo do Mini Cooper, mas turbo recalibrado para gerar 231 cv e 32 mkgf, foi montado atrás da segunda fileira de bancos, justamente para distribuir a força no eixo traseiro como num legítimo esportivo. E razão para isso é simples, pois na parte central da carroceria, onde normalmente se posicionam a tubulação de escape e eixo cardã nos automóveis com tração traseira e motor dianteiro, estão instaladas das baterias de lítio de 7.1 kWh, que alimentam a unidade elétrica de 131 cv e 25 mkgf de torque que movimenta as rodas dianteiras. Combinados, os motores oferecem 362 cv de potência e 57 mkgf de torque, números que fazem com que o cupê acelere de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos e atinja a máxima de 250 km/h.
Pelo fato de ter o motor elétrico como unidade constante, o motorista tem, desde a ignição, quase 50% do torque, já que a unidade oferece a força plena, ao contrário dos motores a combustão, em que o torque surge gradativamente de acordo com a rotação. Assim, basta pisar no acelerador para o i8 acelerar forte e quando o três cilindros é acionado ele se comporta como um V8.
Por dentro, elo i8 oferece acabamento de primeira e montagem primorosa, com uso de couro de alto padrão em praticamente todo o interior. O quadro de instrumentos é totalmente digital e permite alternar a leitura de informações como rotação, carga da bateria, dentre outros dados. Por ser um modelo exclusivo a BMW fechou parceria com a grife Louis Vuitton que desenvolveu um jogo de malas feitas sob medida para serem acomodadas nos diminutos bancos traseiros.
Para levá-lo para casa o comprador precisa ter sorte ou muita paciência. Isso porque há pouquíssimas unidades para pronta-entrega e geralmente é preciso encomendar na fábrica, o que pode levar até 120 dias.
Motores: 1.5 12v de 231 cv e 32 mkfg de torque combinado com uma unidade elétrica de 131 cv e 25 mkgf
Distribuição: unidade a gasolina, além de tracionar as rodas traseiras, também atua como gerador de carga para as baterias que alimentam o motor elétrico
Autonomia: 35 quilômetros no modo elétrico e 500 quilômetros com motorização combinada
Tempo de Recarga: 2 horas com carregador Wallbox