Brasil encara freguês por vaga na final do vôlei masculino

Felippe Drummond Neto - Do Hoje em Dia
10/08/2012 às 09:03.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:21
 ( AFP PHOTO/ MANAN VATSYAYANA)

( AFP PHOTO/ MANAN VATSYAYANA)

Brasil e Itália fazem, nesta sexta-feira, a partir das 15h30, em Londres, um confronto em que estará em jogo muito mais do que a vaga na decisão do torneio masculino de vôlei. Duas das maiores escolas do esporte, brasileiros e italianos reeditam a final olímpica de 2004, em Atenas, quando o time do técnico Bernardinho levou a melhor.

Além de ter sido a final em Atenas, o confronto envolve as duas seleções que se revezam no domínio da modalidade a partir dos anos 90. A Itália é oito vezes campeã da Liga Mundial, três vezes campeã do mundo e uma vez campeã da Copa do Mundo.

Já o Brasil, tem nove títulos da Liga Mundial, também é tricampeão mundial, venceu a Copa do Mundo duas vezes e tem como grande diferencial o bicampeonato olímpico (1992 e 2004). Não são só os títulos que chamam a atenção para este jogo. As duas seleções chegam à semifinal em um momento semelhante, já que não atravessavam um bom momento antes dos Jogos.

O Brasil, que vive sua pior fase da era Bernardinho, passou com facilidade pela Argentina, confirmando o favoritismo com um placar de 3 a 0. Já a Itália, atropelou os Estados Unidos, pelos mesmos 3 a 0. A quebra da hegemonia americana deu ânimo aos italianos, que fizeram uma campanha apenas regular na fase de classificação. Já o Brasil vê seu principal rival pelo ouro fora do caminho, mas agora carrega o peso de entrar como favorito nas semifinais, que terão ainda o confronto entre Rússia e Bulgária, que jogam às 11h (de Brasília).

Se valer o retrospecto do confronto em Olimpíadas, o Brasil é favorito. Em sete confrontos, a Itália nunca venceu, sendo que em Atenas, o time do técnico Bernardinho superou os italianos na fase de grupos e na decisão do ouro. Há quatro anos, em Pequim, o Brasil também fez a semifinal contra a Itália e venceu por 3 a 1, mas acabou derrotado na final pelos EUA.

Atual líder do ranking mundial, o Brasil tenta conter a euforia e manter a concentração. “A nossa postura está sendo outra, o sinal de alerta foi ligado. Agora é pensar no que vai vir pela frente. A partir de agora, o campeonato começa sempre no próximo jogo”, disse o líbero Serginho ao site da CBV.

Outra preocupação brasileira é a lesão do oposto Leandro Vissotto, que machucou a coxa direita contra os argentinos: “Espero poder estar 100% na quinta-feira (hoje). É um sonho estar aqui e não quero que acabe assim. Vamos torcer para que não seja nada grave. Se for, vou estar torcendo pelo grupo”.

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