Brasil para em goleiro mexicano e não sai do zero no Castelão

Wallace Graciano - Hoje em Dia
17/06/2014 às 18:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:03

(GEORGI LICOVSKI)

O México confirmou sua fama de pedra no sapato da Seleção Brasileira. Na tarde desta terça-feira (17), os tricolores conseguiram segurar o ímpeto de Neymar e companhia ao promoverem uma marcação intensa e contarem uma atuação inspirada do goleiro Ochoa. O arqueiro fez, ao menos, três defesas milagrosas, garantindo com que o duelo disputado no estádio Castelão, em Fortaleza, terminasse sem gols.    Com o empate, brasileiros e mexicanos chegaram aos quatro pontos no Grupo A, com vantagem para os comandados de Felipão no saldo de gols. Independente do resultado do duelo entre Croácia e Camarões, que se enfrentam nesta quarta-feira (18), às 19 horas (horário de Brasília), na Arena da Amazônia, o time canarinho precisará de um empate para seguir adiante. Isso só é possível porque bálcãs e tricolores se enfrentam na próxima rodada.    Confira a galeria de fotos da partida: O Brasil decidirá o primeiro lugar da chave na próxima segunda-feira (23), quando encara Camarões, no Mané Garrincha, em Brasília. A partida terá pontapé inicial às 17 horas. Na mesma data e horário, o México decide seu futuro contra a Croácia. O confronto será realizado na Arena Pernambuco.   Karma   O histórico recente apontava o México como uma pedra no sapato da Seleção Brasileira. Neste século, por exemplo, além de ter mais vitórias no confronto direto, eles tiraram o ouro olímpico de uma das mais promissoras gerações que o Brasil já teve, em 2012. Estava claro que os torcedores presentes no Castelão não poderiam esperar facilidades no embate desta terça-feira. O que não demorou muito para se confirmar.   Com cinco jogadores posicionados no meio-campo, os tricolores conseguiram segurar o ímpeto canarinho na zona central, a principal fonte de distribuição de jogo dos comandados de Scolari. Mas não é somente na defesa que se destacavam. Os chutes de longe e o “chuveirinho” foram boas armas para assustar a defesa brasileira.    Sem Hulk, contundido, Ramires ocupou o lado direito da equipe canarinho. Por um lado, Scolari teve tranquilidade quanto a cobertura de Daniel Alves. Porém, perdeu o ímpeto ofensivo de sua equipe. Sem seu “super herói”, o Brasil ficou previsível e só conseguiu chegar com perigo ao gol de Ochoa graças às bolas alçadas no miolo da defesa mexicana.   Ainda assim, foram canarinhas as principais oportunidades. Aos 25, Ochoa fez uma dessas defesas que ficarão para a eternidade, ao se esticar todo para salvar um cabeceio certeiro de Neymar no canto direito, lembrando a antológica defesa de Gordon Banks. Depois, aos 41 minutos, o arqueiro tricolor saiu aos pés de Paulinho para fechar o ângulo e impedir que o Brasil descesse para o vestiário com vantagem no placar.    Paredão   A tônica da primeira etapa permaneceu inalterada no período complementar. Marcando sob pressão, o México continuou diminuindo as ações do Brasil, que não conseguia chegar com a jogada trabalhada à área adversária.    A similaridade não acontecia apenas na disputa tática. Também na parte ofensiva um tempo lembrava o outro. Com chutes de longa distância, sempre venenosos, os mexicanos prenderam o ar da torcida brasileira. Do lado canarinho, Ochoa voltou a ser vilão em um chute de Neymar. Aos 24 minutos, o camisa 10 brasileiro recebeu cruzamento na área e teve a paciência de dominar a bola no peito e soltar o pé. Bem posicionado, o arqueiro mexicano fez grande intervenção.    Porém, a grande intervenção de Ochoa aconteceu aos 40 minutos, quando a partida se aproximava do fim, justamente no período do em que qualquer gol costuma ser fatal. O arqueiro mexicano foi decisivo ao defender cabeçada à queima-roupa de Thiago Silva. Não à-toa foi eleito ao melhor da partida.      FICHA TÉCNICA BRASIL 0 X 0 MÉXICO   BRASIL:  Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Ramires (Bernard), Oscar (Willian); Neymar e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari   MÉXICO: Ochoa, Rodríguez, Rafa Márquez, Moreno; Aguilar, Vázquez, Herrera (Fabián), Guardado, Layún; Giovani dos Santos (Jimenez) e Oribe Peralta (Chicharito Hernández). Técnico: Miguel Herrera   Data: 17 de junho de 2014 Motivo: Jogo válido pela segunda rodada do Grupo A da Copa do Mundo Árbitro: Cuneyt Cakir (Turquia) Auxiliares: Bahattin Duran (Turquia) e Tarik Ongun (Turquia) Público: 60.342. Cartões amarelos: Ramires e Thiago Silva (Brasil); Vásquez e Aguilar (México)

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