Cabo Xavier abraça a 'causa feminina' e quer valorizar servidores e segurança

Evaldo Magalhães e Rodrigo Gini
primeiroplano@hojeemdia.com.br
08/10/2020 às 20:50.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:45
 ( Cabo Xavier/divulgação)

( Cabo Xavier/divulgação)

Priorizar as políticas para a mulher, valorizar o funcionalismo e gerar incentivos para afastar a população mais vulnerável da criminalidade, humanizando a capital. São algumas das propostas do candidato Cabo Xavier, do PMB, para uma eventual gestão na Prefeitura de Belo Horizonte. Terceiro postulante ao cargo entrevistado na série de lives do Jornal Hoje em Dia, ele falou sobre seus planos.

“Senti o desejo de colocar o nome à disposição da cidade de BH com boas ideias e intenções e levar para a Prefeitura um modelo de gestão baseado na simplicidade e na humildade, até mesmo por minha origem”, disse o candidato. 

Para ele, boa parte dos desafios da capital só será vencida se o Executivo der a devida atenção, antes, a questões mais básicas, como no caso da violência urbana. “É preciso cuidar das mazelas sociais que levam ao avanço da criminalidade em geral. Uma delas é a educação, inserção do jovem no mercado de trabalho, escola integral. Meu projeto de governo passa pela valorização do profissional da saúde, educação e segurança. É fundamental ainda dotar a segurança pública de tecnologias que possam aumentar sua eficiência, como o monitoramento remoto, o aumento no número de câmeras pela cidade. E restabelecer a guarda a pé, aproximar o agente público das pessoas. A Guarda Municipal é a polícia cidadã”, explicou.

Candidato por uma legenda que representa a mulher, o Cabo Xavier lembrou que, até mesmo por exigência da Lei Eleitoral, nenhum partido pode apresentar restrição de gênero. “Eu fiz questão de assinar o manifesto de criação do PMB por entender que é fundamental o aumento da representação feminina na política. A mulher até hoje no nosso sistema sofre preconceito, é colocada em segundo plano, não tem o mesmo reconhecimento profissional. Queremos quebrar esse preconceito. Por que não pode um homem abraçar a causa? Muita gente pergunta a minha candidata a vice (Paula Maia) ‘mas por que você não é a candidata a prefeita da chapa?’ E ela mais de uma vez respondeu que sempre quis sair como vice”.

Xavier ressaltou ainda que as políticas públicas para a população feminina serão sua prioridade. “Na nossa cidade, cerca de 52% da população é feminina, e a grande maioria é de mães. A mulher enfrenta uma mobilidade urbana péssima na cidade, trabalha o dia inteiro e ainda tem de cuidar da casa, dos filhos”, afirmou, apontando caminhos para tentar dar mais conforto a esse público: “Uma das medidas será ampliar as creches e os locais de atendimento, com alimentação e tratamento adequado. Queremos oferecer ainda orientação de economia doméstica e planejamento familiar para as mães. Isso impacta na segurança, na educação”.

Com relação aos impactos econômicos provocados pela pandemia na capital, o candidato defendeu maior incentivo ao micro e pequeno empreendedor, que teria sido deixado de lado dos programas públicos de ajuda. “Para as grandes empresas houve medidas de ajuda, para as pessoas das classes C e D também, mas foi esquecida a classe média, os pequenos comerciantes, microempresários. Eles é que produzem a maior parte do PIB. Precisamos resgatar essas pessoas para o desenvolvimento econômico. Pretendo estabelecer uma parceria público-privada de incentivo ao fomento econômico. Apostar no Cooperativismo, oferecer, dentro do possível, a isenção de tributos e a renegociação de dívidas. E criar um banco municipal para o incentivo da atividade econômica”.

Ao se apresentar, o candidato brincou sobre uma circunstância que confirmou sua ligação com a cidade. “Eu nasci no cruzamento de Afonso Pena com Guajajaras, dentro de um carro”. Destacou a formação em teologia e a ligação com a igreja evangélica, que o colocou em contato com as missões urbanas, paralelamente à carreira militar. Lembrou que a trajetória política teve início em Ipatinga, onde viveu, colaborando com a candidatura de um tio a vereador. E levou à proposta de fundação do Partido de Defesa Social (PDS), que acabou prejudicada pela mudança da legislação eleitoral exigindo maior número de assinaturas. 

  

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