Mais moradores deixaram de pagar a conta do condomínio em 2014, em Belo Horizonte. No ano passado, a taxa média de inadimplência chegou a 11,22%, crescimento de 8,6% sobre o índice apurado em 2013, de 10,3%. O levantamento, realizado pela Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), levou em consideração 2.000 condomínios residenciais e comerciais na capital.
“Quando a taxa de inadimplência passa de 10%, significa um problema a mais. Isso porque normalmente o fundo de reserva corresponde a 10% do valor do condomínio. Quando o índice de inadimplência está menor que isso, o síndico deixa de guardar parte do dinheiro e utiliza um montante extra para pagar as despesas. Mas quando passa desse limite, ele gasta toda a reserva e ainda tem que ratear o calote”, afirma o vice-presidente das administradoras de condomínios da CMI/Secovi-MG, Leonardo Mota.
De acordo com a pesquisa, em 2014, os maiores índices foram registrados em março (11,76%) e novembro (11,65%). Em dezembro, a taxa de calote foi de 10,82%. Já a taxa de impontualidade — mensalidade liquidada dentro do mês, mas fora da data de vencimento—, atingiu o maior índice do ano: 10,42%. “No geral, em dezembro houve um declínio na inadimplência, provavelmente em função do 13º salário. Já a impontualidade é sinal da crise econômica anunciada”, afirma.
Em 2014, a média dos reajustes de valores dos condomínios foi de 9%. E tudo indica que a conta ficará ainda mais salgada em 2015, tendo em vista os aumentos da conta de luz.