Campanha da Embrapa e da Emater pretende incentivar o aumento da produtividade do milho

Jornal O Norte
22/10/2007 às 15:08.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:20

Mostrar que é possível o aumento da produtividade média da cultura do milho em Minas Gerais: essa é a expectativa da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) e da Emater-MG com o lançamento de uma campanha que levará informações técnicas aos produtores rurais. Pesquisadores percorrerão duas das principais regiões produtoras do estado: o Noroeste/Alto Paranaíba e o Sul.

Os dados da Conab-Companhia Nacional de Abastecimento indicam que na última safra a produtividade média no estado foi de 4.474 kg/ha. Apesar de acima da média nacional – que foi de 3.653 kg/ha –, o desempenho pode melhorar bastante: hoje em dia há no mercado brasileiro sementes com potencial genético de produtividade até maior do que 10.000 kg/ha.

O produtor deve estar atento, de forma especial, a cinco itens que afetam diretamente a produtividade da lavoura de milho. São eles: época de plantio; escolha correta da semente; espaçamento e densidade; fertilidade do solo; e controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Obedecendo às indicações e às orientações da pesquisa, as chances de sucesso aumentam.

Cada dia de atraso no plantio a partir da época mais adequada, que geralmente é em outubro, pode resultar numa produção até 30 kg menor por hectare. Portanto, verificar a data mais adequada de plantio é fundamental e, para isso, o zoneamento agroclimático do milho tem orientado os produtores. A escolha da semente mais adaptada à região e um bom manejo cultural também contribuem para o sucesso da lavoura. Há hoje no mercado brasileiro mais de 270 cultivares diferentes e para todo tipo de produtor.

O espaçamento e a densidade são outros pontos-chave da lavoura de milho. Uma análise feita com mais de 270 cultivares mostrou que a densidade recomendada varia entre 40 mil e 80 mil plantas por hectare; o interessante é se chegar a um ponto chamado “densidade ótima”, em que o rendimento é máximo. Já o espaçamento entrelinhas, no Brasil, vem sendo gradativamente reduzido e chega, em alguns casos, a 45 cm.

Em relação à fertilidade, é fundamental a realização de análise prévia do solo, que vai indicar a necessidade de correção da área. Já a adubação de cobertura deve levar em consideração, entre outros fatores, o histórico de uso da área. O ponto ideal para se fazer essa adubação é quando as plantas estiverem com seis/sete folhas, ou seja, entre 30 e 35 dias após a germinação.

Para o controle de pragas, o recomendado é o tratamento de sementes com produtos ativos contra lagartas no início do desenvolvimento e, a partir do 20º dia, monitorar a incidência da lagarta-do-cartucho. A rotação de culturas e o uso de sementes de alta qualidade sanitária são algumas medidas que ajudam a controlar doenças. E no caso das plantas daninhas o indicado é utilizar o sistema de plantio direto para reduzir a erosão, aumentar a retenção de umidade e a reciclagem de nutrientes; assim, a dessecação deve ser feita pelo menos uma semana antes do plantio.

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