Candidato à reeleição Marcio Lacerda acusa Patrus Ananias de ‘rombo’

Amália Goulart - Do Hoje em Dia
29/08/2012 às 22:14.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:52

O prefeito de Belo Horizonte, candidato à reeleição, Marcio Lacerda (PSB) disse, nesta quarta-feira (29), não ver problemas em pacientes esperarem até um ano para realizar cirurgias eletivas públicas e ainda acusou o adversário, ex-ministro Patrus Ananias (PT), de deixar um rombo de R$ 200 milhões ao sucessor, quando também foi prefeito da capital.    Durante um evento realizado no comitê de campanha, o socialista informou que pretende contratar mais médicos, porém, afirmou que a espera na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) é normal. “Cirurgias eletivas não são urgentes e a pessoa pode esperar. Mesmo em países de medicina socializada, países muito ricos como Canadá, às vezes, as pessoas esperam oito meses, um ano. Não há nenhum dano à saúde”, completou. Segundo ele, existem hoje “apenas” 15 mil pacientes nesta situação. “O que não pode é ser um prazo muito excessivo. Hoje, temos apenas 15 mil na fila da prefeitura. Eram 60 mil quando assumi. Fizemos 150 mil cirurgias neste período. Nas consultas especializadas existem algumas especialidades em que há espera excessiva, mas estamos contratando 135 médicos só para as especializadas”, completou.   Ataque   O candidato voltou ao ataque contra o adversário, Patrus Ananias. Segundo ele, quando foi prefeito de Belo Horizonte, o petista deixou a administração com R$ 200 milhões em contas a pagar. “Isso correspondia, a valores de hoje também, a dois meses de receita. Se houvesse (à época) Lei de Responsabilidade Fiscal, ele seria penalizado fortemente”, completou.    Opção é Aécio   Um dia após ter declarado que a presidente Dilma Rousseff (PT) só perderia a reeleição em caso de “catástrofe”, Marcio recuou e elogiou o virtual adversário da petista: seu padrinho político, senador Aécio Neves (PSDB). O prefeito deixou subentendido que votaria no tucano.    Ao ser questionado se apoiaria o senador, ele disse que os mineiros votarão em Aécio. “Por que não? Acho que depende do momento. Depende da posição do meu partido. Acho que tendo um candidato de Minas é muito difícil, depois de tantos anos, um mineiro não apoiá-lo”, justificou.    Marcio informou que, ao dizer que Dilma venceria, referia-se ao momento atual. “Em dois anos, as coisas podem mudar. Falei com relação ao cenário de hoje”, explicou.   Sem recursos   As declarações aconteceram no comitê central da campanha, quando recebeu familiares e dirigentes de entidades destinadas a pessoas com necessidades especiais. Na ocasião, não faltaram reclamações dos apoiadores do prefeito.   De acordo com a diretora de uma das clínicas de reabilitação, Flávia Mourão, foi pedido ao prefeito que intercedesse junto ao governo estadual com o objetivo de manter um convênio firmado com a Federação Estadual de Reabilitação. O convênio termina em dezembro. O Estado repassa recursos para o atendimento, em clínicas especializadas, de 3.500 alunos da rede municipal com algum tipo de deficiência. Além disso, segundo Flávia, a prefeitura cortou as passagens de ônibus dados os alunos. Marcio prometeu rever a questão. 

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