Postulantes à cadeira de vereador que já exerceram cargos públicos ou que estão em campanha pela reeleição levarão vantagem ao pedir doação eleitoral. É claro que não é uma regra e existem muitas exceções.
Em conversa com alguns pretendentes - estreantes e experientes - todos relatam dificuldade em arrecadar fundos. Mas quem já teve papel na política, ou seja, é conhecido da classe, sai na frente.
Em uma campanha com pouco recurso, além da criatividade, conta, ao abordar as pessoas para pedir doação, ter um mínimo de recall político. É a prática que duela com a teoria já que, neste pleito, a expectativa por parte de cientistas políticos é pela maior renovação no Legislativo e Executivo.
Na campanha de vereador o que conta é a estrutura para alcançar um eleitorado específico. Não adianta disparar para todo lado, nem ficar sem dinheiro para dar o tiro certo. Por isso, lideranças comunitárias ganharam peso neste pleito. Mais do que em anos anterio</CS>res. E o Fundo Partidário tem sido valioso.
A necessidade de mais recursos financeiros e recall político podem levar a um fato inusitado neste ano. A expectativa pela renovação no Legislativo pode frustrar-se.
Reforma
A Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio) aderiu às reivindicações de empresários brasileiros por uma reforma nas leis trabalhistas, o que, para alguns beneficiará patrões em detrimento dos trabalhadores.
Nos bastidores, a ideia discutida pela equipe do presidente interino Michel Temer (PMDB) é flexibilizar as leis de modo a permitir o aumento da jornada de trabalho e a possibilidade de as convenções trabalhistas ganharem força.
Conforme a Fecomércio, este último ponto irá “valorizar os acordos firmados entre empresários e trabalhadores, por meio das convenções coletivas de cada categoria profissional, de modo que eles prevaleçam, respeitando-se a Constituição e as determinações da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A proposta visa a promover mais segurança jurídica a ambas as partes, reforçando também a representatividade sindical”.
Entidades de trabalhadores têm dito que as convenções de comum acordo nem sempre demonstram que ambas as partes concordam a fundo. Pode haver pressão para o “combinado”.
Magoei
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), não gostou da divulgação dos números que mostram aumento do desemprego no 2º trimestre. Por meio do Twitter ele pediu para lembrar que a economia estava melhor em julho e agosto.
“O crescimento do desemprego publicado é ref (referente) ao 2º Trimestre de 2016. O crescimento da economia em Jul (julho) e Ago (agosto) não foi considerado”.
Unanimidade entre economistas é que o desemprego é o último indicador a melhorar, quando uma economia está em recessão, porém, saindo do fundo do poço. Então, provavelmente o desemprego continuará a afligir os brasileiros. Como bem disseram os ministros da área econômica, ainda no ano que vem sofreremos com o reflexo da crise econômica.