Candidato Bruno Engler aposta em bandeiras conservadoras para chegar à PBH

Evaldo Magalhães e Rodrigo Gini
primeiroplano@hojeemdia.com.br
07/10/2020 às 21:59.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:44
 (Henrique Chendes /ALMG)

(Henrique Chendes /ALMG)

Uma agenda conservadora, em consonância com os princípios defendidos por sua militância política, que inclui a retirada da discussão de temas como a ideologia de gênero nas escolas municipais; ou uma aproximação do conceito de escola sem partido. Com essas e outras bandeiras de cunho conversador, o deputado estadual Bruno Engler (PRTB) se colocou na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Segundo entrevistado na série de lives do Hoje em Dia com os candidatos a comandar a cidade, a partir do ano que vem, ele acredita que a atual administração ignora a parcela da população com valores como os que defende. Além disso, teria se tornado inimiga de quem quer gerar renda e emprego.

“A gente está se propondo para fazer uma campanha conservadora, uma PBH diferente e principalmente enfrentar um cenário de terra arrasada na economia, no comércio, e não podemos ter o que temos hoje, que é um prefeito que não respeita quem gera emprego”, afirmou. Alinhado com as ideias do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Engler diz não ter dúvidas de que é o representante do chefe do Executivo federal na disputa. “O eleitorado sabe quem realmente é a candidatura bolsonarista em BH, é só analisar o histórico político e as ações do candidato para entender. Ele já se manifestou de forma simpática à minha candidatura. Produzimos inclusive um material que será veiculado nas redes sociais”, garantiu.

O parlamentar de 23 anos e em primeiro mandato admitiu que uma polêmica envolvendo a composição de sua chapa acabou impactando a campanha. Engler acusa o presidente municipal do PRTB, Mauro Quintão, de desrespeitar acordo fechado com o principal nome da legenda, Levy Fidélix, que dava, ao candidato, autonomia para conduzir negociações e escolher o candidato a vice.

“Antes de entrar para o PRTB, tive a chance de me filiar a outros partidos, mas o presidente Levy Fidélix me deu liberdade para a candidatura, em termos de coligações e para gerar tempo de TV. Conseguimos fazer uma composição com um partido que nos daria tempo de TV e participação no debate. Tenho um quadro importante, que conhece bem a cidade, que é a coronel Cláudia, mas o presidente municipal da legenda (Quintão) disse que ele seria o candidato a vice. Cabe ao partido reconhecer que política se faz com palavra, com acordo. Não posso ser um candidato que se propõe a fazer uma política nova e ter de lidar com essa estratégia do rolo compressor. Estamos tentando um acordo para evitar que essa questão se resolva na Justiça”, disse.

Em relação às propostas para a cidade, o deputado afirmou que pretende investir numa solução capaz de mitigar os impactos das enchentes. “Conversei com engenheiros e especialistas de gestão pluvial que me apresentaram uma proposta muito interessante. A ideia é implementar barreiras nas redes de escoamento que reduzam a velocidade de deslocamento da água, reproduzindo o que ocorre naturalmente nos cursos d’água. O que evitaria enchentes mais abruptas, que pegam a população de surpresa”.

Sobre a mobilidade urbana, garantiu ter certeza de que o governo federal liberará a verba para a construção da Linha 2 do Metrô, independentemente de quem for eleito, “resolvendo uma antiga reivindicação da região do Barreiro”.

E questionou o discurso do atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD), de que teria passado a limpo os contratos com as empresas de ônibus que operam o transporte coletivo. “O prefeito Kalil prometeu abrir a caixa preta, mas ela está lá, empoeirada, fechada. Ele não fez, mas é necessário alguém com coragem para fazer e entender como funciona a concessão dos serviços”, disse, garantindo ainda que se empenhará pelo retorno dos cobradores.

Sem direito à presença na propaganda gratuita de rádio e TV, Engler prometeu centrar esforços nas redes sociais e nas ações de rua. “Adoraria ter tempo de rádio e TV, não foi o caso, então, buscamos outras ferramentas. Fazemos um trabalho de redes sociais muito bom, nossa militância tem sido aguerrida em divulgar nosso conteúdo digital. E há ainda a campanha física”, disse.

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