(Samuel Costa)
Os candidatos à prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana, estão certos de que a cidade terá segundo turno. De acordo com as pesquisas, nenhum deles deverá conseguir votos suficientes para ser eleito no primeiro. Pensando nisso, eles já consideram a possibilidade de formaçào de alianças. "Vou para o segundo turno e não escolho adversário, quem vier vai perder", afirma o candidato do PT, deputado estadual Durval Ângelo. O petista ainda acrescenta que aceitará apoio de qualquer um partido na próxima etapa. O candidato do PRB, deputado federal George Hilton, se diz confiante no seu trabalho. "Fizemos uma campanha propositiva e tivemos boa aceitação, por isso creio que serei um dos mais votados", avalia. Confiante no apoio da comunidade evangélica, Hilton acredita que será uma das surpresas dessa eleição.
Indefinição
Carlin Moura votou ao lado de outros políticos (Foto: Divulgação) Para o deputado estadual Carlin Moura, candidato do PCdoB, ainda é cedo para falar em alianças. "Acredito que serei o mais votado. Se formos para o segundo turno, vou manter a campanha na mesma linha, apresentando propostas à população", destaca sem falar se quer ou não o apoio dos adversários. De forma semelhante, o candidato tucano Ademir Lucas também desconversa sobre o assunto. "Estamos confiantes no trabalho que fizemos nessa campanha. O povo nos recebeu muito bem pedindo minha volta à prefeitura. Se houver segundo turno, teremos tempo para conversar com os partidos".
Ademir Lucas (PSDB) se mostrou confiante durante votação (Foto: Vladmir Araújo)
Acordo A coordenação de campanha do PT diz que já existe um acordo com o PCdoB para unirem forças no segundo turno, caso uma das vagas seja de Ademir Lucas. Antes do início das campanhas, Durval e Carlin iriam formar uma chapa única, mas nenhum dos dois se dispôs a ser vice. Cenário Durante o período de campanha, militantes do PT e do PCdoB, aliados históricos, trocaram ofensas e provocações nas ruas e na internet. Muitos deles denunciaram casos de depredação de material de propaganda e até mesmo de agressão física. Os coordenadores dos partidos temem que esse embate ganhe proporções caso o segundo turno seja entre Durval e Carlin. Eles também têm a difícil missão de fazer com que os apoiadores deixem essas diferenças de lado se Adermir Lucas for um dos candidatos na segunda etapa.