Dos mais de 76,2 mil candidatos mineiros, 8,2 mil ainda não prestaram contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o equivalente a quase 11%. O atraso no repasse das informações por parte dos postulantes aos cargos de prefeito e vereadores em Minas Gerais, ou a prestação de contas realizada de forma inadequada, pode caracterizar falta grave e comprometer a candidatura. Em Belo Horizonte, todos os 11 candidatos à prefeitura cumpriram o prazo, encerrado na última terça-feira.
João Leite (PSDB) foi o que mais gastou até o momento, segundo dados informados pelos próprios candidatos ao TSE. Ele contratou mais de R$ 3 milhões. Destes, R$ 786 mil já foram pagos. As doações de campanha do tucano, que tem 33% das intenções de votos, conforme pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira, somam R$ 899 mil. Os partidos Democratas e PSDB doaram, cada um, R$ 300 mil a João Leite.
Alexandre Kalil (PHS), que possui 22% dos votos, gastou R$ 1,3 milhão e pagou R$ 335 mil. O candidato recebeu R$ 510 mil em doações. O maior repasse feito ao ex-presidente do Atlético foi do proprietário da construtora MRV, Rubem Menin. A construtora também patrocina o time que era dirigido por Kalil.
Com 5% das intenções de voto, Luís Tibé (PTdoB) recebeu R$ 1,49 milhão em doações mas gastou apenas R$ 24,6 mil, conforme prestação de contas ao TSE. Presidente do PTdoB nacional, ele recebeu R$ 1,4 milhão em doações do próprio partido.
Em quarto lugar nas intenções de votos (4%), Délio Malheiros (PSD) contratou R$2,1 milhões, pagou R$ 1,3 milhão e recebeu R$ 1,4 milhão em doações. Marcio Lacerda e Maria Regina Lacerda, prefeito e esposa de Lacerda, doaram, juntos, R$ 900 mil à campanha do candidato, que atualmente é vice-prefeito de BH.
Eros Biondini (Pros), que também tem 4% das intenções, gastou R$ 138 mil, pagou R$ 96,3 mil e recebeu R$ 143,2 mil em doações. A direção nacional do Pros investiu R$ 100 mil na campanha de Biondini.