SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo decidiu manter Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, internado compulsoriamente em uma unidade experimental de saúde. Ele está no local desde que completou 21 anos e deixou a Fundação Casa. Champinha foi preso ainda com 16 anos após liderar um grupo que estuprou e matou a estudante Liana Friedenbach, também de 16 anos, depois de ter matado o namorado dela, Felipe Silva Caffé, de 19, em Embú Guaçu, na região metropolitana de São Paulo, onde o casal tentava acampar. A defesa de Champinha pedia a execução da interdição civil dele em regime ambulatorial. A promotora Maria Gabriela Prado Manssur, no entanto, deu parecer contrário e afirmou, em dezembro de 2013, que a permanência dele em um ambiente sem contenção apresenta perigo real para ele e para a sociedade. No parecer apresentado pelo Ministério Público, a promotora citou uma laudo que indicaria que Champinha tende a agir impulsivamente e que ele poderia voltar a reincidir se colocado em contato com a sociedade. No ano passado, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também negou um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Champinha. Na ocasião, o relator do caso afirmou que o laudo sobre a personalidade dele o mostra como um jovem violento com personalidade voltada ao crime.