Chegada de Anastasia impulsiona PSD em Minas

Bernardo Almeida
bpereira@hojeemdia.com.br
Publicado em 11/02/2020 às 21:52.Atualizado em 27/10/2021 às 02:36.
 (PSD/divulgação)
(PSD/divulgação)

A filiação do senador Antonio Anastasia ao PSD coloca o partido como primeira força em Minas Gerais, em ano eleitoral, e também garante maior fôlego à legenda nas eleições para a presidência do Senado, em 2021. O PSD já conta com dez das 81 cadeiras da casa legislativa e vê a possibilidade de incorporar outros três parlamentares ainda neste primeiro semestre. 

Agora colega de partido do ex-governador de Minas Gerais (2010 - 2014), o senador Carlos Viana (PSD-MG) brinda a chegada de Anastasia, após um longo período de conversas.

“A vinda dele muda o cenário político em Minas porque trata-se de uma grande liderança, com muita representatividade, por exemplo, no Sul do Estado. E o PSD já é bastante forte em outras regiões, como Central e Norte”, diz Carlos Viana, também vice-presidente do diretório nacional da legenda. “Anastasia é um dos nomes mais respeitados do Senado e da política”, completa. 

A opinião é compartilhada pela presidente do PSD Mulher em Minas Gerais, a ex-deputada federal Raquel Muniz. Ela lembra as parcerias já realizadas com o senador em projetos como o da consolidação do Fundeb e o da revitalização do rio São Francisco. 

“Além de uma pessoa muito bondosa, é um político e jurista muito respeitado por seus pares de diversos segmentos, figura de peso nacional e sempre consultado pelos colegas. Essa vinda dele para o PSD vai ajudar a aumentar a nossa projeção no Estado para as eleições municipais e a consolidar nossas futuras escolhas”, destaca Raquel Muniz, que acredita que caberá a Anastasia definir os próprios passos dentro do PSD. “Ele é muito mineiro, recebeu inúmeros convites e aguardou o momento certo para tomar uma decisão”. 

Portas abertas
Para o senador Carlos Viana, a migração de Anastasia do PSDB para o PSD pode abrir as portas da legenda para prefeitos e deputados tucanos, além de representar reforço, por exemplo, na articulação do chefe do Executivo da capital e agora correligionário Alexandre Kalil, que deve tentar a reeleição. 

Em junho do ano passado, quando filiou-se ao PSD, Kalil chegou a declarar: “Se precisar, eu pego o senador Anastasia ‘a laço’ e trago ele para o partido. Se precisar, eu ajoelho no pé dele”. 

“Kalil e Anastasia são amigos de longa data, desde os tempos de contato via Atlético, e o prefeito é um grande estrategista. Sabe que Anastasia completa uma parte política de que o partido precisa”, observa Viana, que não vê atritos na escolha para a candidatura ao governo do Estado em 2022. “Kalil será candidato caso se reeleja à prefeitura de BH”, diz. 

Sondagens
O PSD sonda mais três senadores para se juntarem ao partido, entre eles Kátia Abreu (PDT-TO), com quem as conversas já estariam adiantadas. 
Além da ligação por ser uma das criadoras da legenda, em 2011, a ex-ministra da Agricultura tem o filho, o também senador Irajá Abreu (PSD-TO), no partido. Procurada, a assessoria da senadora não retornou a ligação até o fechamento desta edição.

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