SÃO PAULO - O aumento do nível da água do rio Danúbio continua a provocar neste domingo (9) inundações em cidades da Alemanha, da Áustria e da Eslováquia, e começa a chegar à Hungria. Na capital Budapeste, o nível do rio se aproxima de 9 metros, superando o recorde histórico.
Segundo o primeiro-ministro, Viktor Orban, os diques da cidade só suportam mais 30 centímetros, que seriam alcançados nas próximas horas. "O ponto máximo se aproxima do coração do país, temos dois dias muito importantes pela frente".
Na cidade, a água levará de sete a oito dias para baixar, segundo as previsões. A margem do rio será liberada quando o nível atingir menos de 6,5 m. De acordo com serviços de hidrologia, ainda hoje a cheia pode atingir 8,95 m em Budapeste.
Os voluntários e os funcionários da Defesa Civil também trabalham sem pausa no oeste e noroeste do país, onde os recordes anteriores do nível das águas foram superados no sábado.
Por precaução, quase 1.000 pessoas foram retiradas de suas casas em todo o país. Três cidades (Pilismarot, Domos e Kisoroszi) continuam isoladas. Como a redução do nível da água será lenta, a força de proteção de diques deve permanecer até 13 de junho no departamento de Gyor-Moson-Sopron, no oeste do país.
Alemanha
A cheia do Danúbio também afeta Áustria e Eslováquia. Na Alemanha, militares, socorristas e voluntários lutavam contra as inundações mais graves dos últimos dez anos.
Uma das situações mais críticas acontece em Magdeburg, no leste do país, onde áreas inteiras estão debaixo de água após a cheia do rio Elba. O nível fluvial chegou a 7,45 m neste domingo (em períodos normais fica apenas a 2 m) e bateu o recorde de 2002.
Mais de 3.000 pessoas foram retiradas do bairro de Rothensee, onde centenas de soldados trabalham para reforçar um dique que protege uma instalação de energia elétrica crucial para impedir novos cortes de luz.
Outras áreas foram evacuadas perto da cidade de Barby, onde confluem o Elba e o Saale. A mesma situação aconteceu em Aken, cidade de 8.000 habitantes. O presidente alemão Joachim Gauck pretende visitar as cidades afetadas pelas inundações nos Estados da Saxônia e Saxônia-Anhalt.
O governo da chanceler Angela Merkel prepara uma reunião de crise com os governantes dos estados para avaliar os custos das inundações. "Enfrentamos uma catástrofe nacional", declarou uma deputada da Baviera, outra região muito afetada pelas inundações.