JACAREÍ (SP) – A Chery acaba de dar inicio à produção da linha Celer no Brasil, e examinando o carrinho, nem se nota o sotaque Xing-ling. O acabamento é tão bom quanto o dos modelos mais simples das tradicionais marcas que já estão aqui há anos. A carroceria é muito bem montada e a pintura tem ótima qualidade. Não haveria mesmo de ser diferente, a maioria dos engenheiros vem de outros fabricantes e as máquinas empregadas são as mesmas das grandes marcas.
O nível de ruído do motor e suspensão é o mesmo dos concorrentes nacionais. O motor 1.5 flex com 113 cv proporciona esperteza e boa velocidade na estrada, mas não tem muita força em baixas rotações. Embora melhor que a versão anterior, ainda é lento nas retomadas.
A suspensão mais macia que o padrão brasileiro, que considero bem durinho para nossas vias, agrada bastante. Por isso inclina um pouco mais nas curvas, mas nada que comprometa a segurança. Câmbio suave e preciso.
Apertado
Disponível nas versões Hatch e Sedã ele tem bastante espaço longitudinal para os joelhos, mas é espartano na largura. No banco de trás só dois adultos, um terceiro fica desconfortável. No “três volumes” a tampa do porta-malas abre como se fosse um hatch, até o teto, o que facilita muito o acesso aos 450 litros de capacidade, (o outro comporta 380 litros).
Com 35% de componentes brasileiros, expectativa de vendas de 10.000 unidades em 2015, três anos de garantia e bem completo com ar, direção hidráulica, computador de bordo, sensor de estacionamento traseiro, espelhos travas e vidros elétricos, o Hatch está à venda a partir de R$ 38.990 e o Sedã R$ 39.990. Segurança, por enquanto, ninguém sabe, vamos aguardar o “crash test”.
Sérgio Melo viajou a convite da Chery Brasil.