A China executou quatro estrangeiros nesta sexta-feira pelo assassinato de 13 marinheiros chineses no rio Mekong, num ataque que mostrou que a extorsão e o tráfico de drogas floresce ao longo do rio. O crime levou a uma maior expansão da presença policial chinesa na região.
A emissora estatal CCTV mostrou os quatro sendo levados em grilhões e algemas de suas celas, numa cadeia em Kunming, capital da província de Yunnan, antes da execução, por injeção letal. Suas mortes foram anunciadas horas mais tarde pelo departamento de polícia de Yunnan.
O líder do grupo, Naw Kham, e seu cúmplices Hsang Kham, Yi Lai e Zha Xiha foram considerados culpados pelo assassinato de 13 marinheiros chineses. Os homens são de Mianmar, Tailândia, Laos, mas a nacionalidade de um deles é desconhecida. Outros dois homens foram condenados à morte, mas a sentença foi suspensa e eles ficarão detidos por oito anos por envolvimento nos assassinatos.
O grupo foi acusado de emboscar dois navios de carga chineses no curso superior do rio Mekong em 5 de outubro de 2011, em Mianmar. O trecho birmanês do rio é cheio de gangues que ganham dinheiro com a oferta de proteção e a produção e tráfico de heroína, metanfetaminas e outras drogas.
Os navios foram recuperados no mesmo dia pela polícia tailandesa, após um tiroteio com membros do grupos. Os corpos das 13 vítimas, algumas das quais tiveram as mãos amarradas antes de serem esfaqueadas e alvejadas, foram retirados do rio nos dias seguintes. Foi encontrada metanfetamina nos barcos, o que levou a suspeitas de que eles teriam sido sequestrados.
Mas o grupo informou, posteriormente, que os assassinatos foram uma retaliação pelo fato de os comandantes dos navios terem se recusado a pagar por proteção. As informações são da Associated Press.
http://www.estadao.com.br