(MÁRCIO FERNANDES)
SÃO PAULO - As chuvas que atingiram São Paulo na tarde desta sexta-feira (8) provocaram diversos pontos de alagamento, afetaram os trens e aeroportos e provocaram o maior trânsito registrado desde o início do ano. Por volta das 18 horas, porém, a chuva já tinha diminuído e não havia mais nenhum bairro em estado de atenção, mas os reflexos dos temporais persistiam.
A cidade acumulava, no horário, 239 quilômetros de congestionamento, o que representa 27,4% dos 868 quiometros de vias monitoradas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET ). O índice é o mais alto registrado desde o início do ano. O recorde anterior era do dia 1º de fevereiro, quando a lentidão chegou a 185 km, às 19 horas.
A via mais congestionada, às 18 horas, era a marginal Tietê, com 20,5 quilômetros de filas na pista expressa, no sentido Ayrton Senna, desde a ponte Aricanduva até a ponte dos Remédios. Já na pista local, havia mais 17,6 quilômetros de retenção da ponte do Tatuapé até a ponte dos Remédios. A via tem, ao todo, 23,5 quilômetros de extensão. O trânsito é prejudicado pelos alagamentos. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE), da prefeitura, havia 17, sendo seis intransitáveis e 11 transitáveis. Mais cedo, o número de alagamento chegou a 23 e o córrego Ipiranga (zona sul) transbordou.
Além disso, 24 árvores caíram e 95 semáforos estavam com problemas, sendo 93 deles em amarelo intermitente e e 2 apagados; entre as vias afetadas estavam a avenida Paulista, a Nove de Julho. e a avenida do Morumbi.
A circulação de trens também foi afetada pela chuva. Segundo a CPTM, um raio atingiu a linha 12-safira entre as estações Comendador Ermelino e São Miguel Paulista por volta das 14h20. Com isso, o sistema de energia foi afetado e provocou o bloqueio de uma das vias, o que faz com os trens trafegam com velocidade reduzida no trecho.
O aeroporto de Congonhas (zona sul) também fechou mais cedo e reabriu às 16h27, após ficar cerca de uma hora e 20 minutos sem pousos e decolagens. Nesse período, dois voos foram cancelados e três tiveram atrasos. A Infraero (estatal que administra os aeroportos) não informou o número de voos alternados para outros aeroporto.