(John MacDougal/ AFP)
Um dos cineastas mais rebeldes do Japão, Kôji Wakamatsu morreu nesta quarta-feira (17) em decorrência de ferimentos que sofreu ao ser atropelado por um táxi em Tóquio, na sexta-feira. Ele tinha 76 anos. Com mais de cem filmes, iniciou a carreira nos anos 1960. Seu cinema era provocativo, misturando a estética de vanguarda disseminada pela nouvelle vague francesa com temas políticos, violência e erotismo.
Em 1965, seu "Secrets Behind the Wall" foi selecionado pelo Festival de Berlim, causando polêmica no Japão. Em virtude da controvérsia, ele abandonou o estúdio Nikkatsu, onde começou a carreira, e fundou sua produtora independente.
Em 1971, o artista foi novamente alvo de controvérsia por dirigir um documentário sobre a Frente pela Libertação da Palestina em parceria com um membro do grupo comunista Exército Vermelho Japonês. Em 1975, voltou a chocar a sociedade japonesa ao produzir "O Império dos Sentidos", de Nagisa Oshima.
Nos anos 1980 e 1990 sua produção diminuiu, mas nos anos 2000 voltou a ficar em evidência. Em 2010, "Caterpillar', drama sobre a 2.ª Guerra, foi selecionado para o Festival de Berlim. Neste ano, sua cinebiografia do escritor Yukio Mishima, "11:25: The Day He Chose His Own Fate", foi exibida no Festival de Cannes. No mês passado, outro drama, "The Millennial Rapture", passou em Veneza. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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