RIO DE JANEIRO - O “Maraca” voltou. Mesmo faltando cerca de duas horas para o pontapé inicial do duelo entre Brasil e Espanha, que marcará a final da Copa das Confederações, os torcedores cariocas mostravam nos arredores do estádio o clima de festa tão peculiar ao grande palco do futebol mundial.

O analista financeiro Flávio De Paoli, de 30 anos, sabe bem como é esta energia. Torcedor do Fluminense, ele afirma que o Maracanã faz com que o torcedor tenha dois espetáculos: um dentro e um fora. Segundo tricolor, essa aura festiva fez falta nos últimos anos.

“Tem três anos que não venho aqui. Está sensacional. Estou em êxtase. Vinha com meu pai desde 1992 para assistir aos jogos do Flu, quase que semanalmente. É diferente vir aqui. Parece que tem um carnaval antes do jogo”, brinca o tricolor, que ao lado dos demais brasileiros cantava músicas como “no tiki-taka é fácil, é mole, é lindo. Quero ver ganhar agora do time canarinho”, se divertia o torcedor, se lembrando de como é apelidado o esquema de jogo da Espanha.

Esse “carnaval” ao qual Flávio se refere é o clima de festa constante antes das partidas. “Lá dentro mudou, mas aqui fora manteve a essência. Esse é o Maracanã. Pessoal dançando, gritando, fazendo embaixadinha, cantando sem se importar com nada que haja no mundo. Amo aqui”, declarou o torcedor.

Flávio verá pela segunda vez a Seleção Brasileira em campo. A primeira foi em uma Copa do Mundo. Na Alemanha, ele viu o embate entre o time canarinho e o Japão. E por ter “expertise” em eventos Fifa, ele afirma que a organização em terras tupiniquins está chegando perto da experiência vivida na Europa.

“Está muito semelhante. Os estádios estão bacanas. Há organização ao redor e para se entrar. Falta ainda investir no transporte, mas está melhorando. Foi fácil chegar de metrô. Estou satisfeito com o que estou vendo”, conta o torcedor do Fluminense, que já até ensaia os gritos ao lado dos torcedores ao redor do Maracanã.