Janaína Gonçalves
Repórter
Plantar e colher. Esta é uma tarefa árdua para quem vive e convive com a realidade climática do Norte de Minas. Em 2010, produtores rurais tiveram que se desdobrar para manter o plantio em terra firme, mas, mesmo com tanto esforço, a colheita foi aquém do esperado para o ano.
Nas cidades ribeirinhas do Norte de Minas, a crise no plantio de feijão oscilou conforme o volume de plantio da cada produtor.
Segundo Joaquim Roberto Santos, que além de produtor rural é pescador em Pedras de Maria da Cruz, a produção feijão foi abalada.
- Dos 50 quilos que plantei apenas colhi 18.
Já Clemente Bento dos Santos, que cultiva feijão há 25 anos, revela que, no ano de 2010, quase não plantou, devido à falta de chuvas.
- Chego a colher em outras safras um média de 30 a 40 sacos. Nesta, colhi apenas duas – diz.
Conforme os produtores que fazem parte da associação das Colônias de Pedras de Maria da Cruz, o plantio na lavoura no ano passado foi considerado como um período de crise na produtividade.
- Plantamos para nosso próprio sustento e, mesmo assim, o clima não tem favorecido para que isso se permaneça, e nos dê condições de aumentar a produção – avalia Santos.
LEITE
Em contrapartida, a produção de leite da região continuou estável. É o que revela a produtora Tereza Cardoso da Costa, do sítio Pinheiro.
Foto: Janaína Gonçalves
Segundo Tereza Cardoso da Costa, produção chega a 80 litros por dia
- Há 12 anos, tenho criação de gado. Desde então, a produção só tem aumentado – conta.
Ela explica que fornece por dia um média de 80 litros de leite:
- Junto com minha família, tenho 14 vacas, que garantem boa parte do sustento da casa.
No município, conforme explicou a produtora, há 10 produtores de leite.
- Pensando em melhorar nossa produtividade, já estamos criando a Associação do produtores de leite – acrescenta.