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Com condenação do goleiro, advogado de Bruno entra com recurso para anular júri

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
Publicado em 08/03/2013 às 19:36.Atualizado em 21/11/2021 às 01:43.

Como já havia prometido, a defesa do goleiro Bruno Fernandes – condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e desaparecimento de Eliza Samudio – recorreu da condenação e pediu a anulação do júri. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou o recebimento de um recurso impetrado pelo advogado Lúcio Adolfo no fim da tarde desta sexta-feira (8).

Adolfo disse que o recurso está baseado no artigo 593, no inciso 3, do Código de Processo Penal que dá aporte à apelação pela anulação do julgamento. O advogado disse que é imprescindível que o Judiciário avalie esse tribunal de júri profundamente. “As irregularidades que foram cometidas neste processo foram inúmeras, não se pode deixar que isso prevaleça”, afirmou.

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Dentre os erros apontados pelo advogado de defesa do goleiro estão o desaparecimento de partes do processo, a existência de um recurso que prevê a suspensão do atestado de óbito de Eliza Samudio e o inquérito paralelo sobre o caso que ainda está em curso. “Além do sumiço de papel, não há como julgar alguém enquanto há uma investigação em curso e mais que isso: tenho um recurso apresentado há dois meses que tem efeito suspensivo sobre o atestado de óbito e que até agora ninguém mexeu nele”, argumentou.

O promotor Henry Vasconcelos afirmou nessa quinta-feira (7) ter interesse em recorrer da pena a qual o goleiro Bruno Fernandes foi condenado. O TJMG, porém, informou que até as 19h, a promotoria não havia entrado com recurso na Justiça Mineira. De acordo com Lúcio Adolfo, se o representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ou os advogados da família de Eliza Samudio recorrerem da sentença é até melhor. “Quando as duas partes recorrem há mais possibilidades de o Tribunal  de Justiça anular o júri”, afirmou.

Segundo ele, geralmente a Justiça demora até sete meses para julgar um recurso como este. A expectativa dele é grande para que o julgamento do ex-goleiro do Flamengo seja anulado e, caso não seja, ele alerta: “Se eu perder em Minas, vou recorrer no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília”. O advogado de Bruno informou que vai visitar o goleiro nesta segunda-eira (11), na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

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