Com Haddad, Dilma e Manuela D'Ávila, PT faz comício com mil pessoas em Santa Tereza

Lucas Simões
lsimoes@hojeemdia.com.br
28/08/2018 às 22:06.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:10
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Com discurso calcado em críticas ao impeachment de Dilma Rousseff, gritos de "Lula livre" e muitas provocações aos adversários tucanos, Fernando Haddad (PT) e Manuela D'Ávila (PCdoB) estiveram pela primeira vez em Belo Horizonte nesta campanha eleitoral, em comício com cerca de mil pessoas realizado nesta terça-feira (28), na praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza, região Leste de BH.

Apesar de ter sido anunciado o lançamento do plano de governo de Lula e do governador e candidato à reeleição Fernando Pimentel (PT), sob o mote da temática "O Brasil Feliz de Novo", as propostas dos petistas não tiveram lugar no comício.

Durante pouco mais de uma hora, Haddad, Dilma, Pimentel, Manuela D'Ávila e Jô Moraes (PCdoB), candidata a vice de Pimentel, teceram críticas aos tucanos, fazendo menções diretas a Aécio Neves (PSDB) e Antonio Anastasia (PSDB). 

Durante o comício, Jô Moraes chegou a minimizar a ausência da apresentação dos planos de governo, ao dizer que "o ato não é eleitoral, é um encontro para afirmação do nosso compromisso democrático".

Candidata a vice na chapa petista, caso Lula seja impugnado e Haddad assuma seu lugar, a deputada federal Manuela D'Ávila fez duras críticas ao impeachment de Dilma. "Vocês têm a responsabilidade de devolver a Brasília a nossa presidenta eleita pelo povo brasileiro. Vocês têm a responsabilidade de colocar Dilma no Senado", disse.

Esta foi primeira vez que Pimentel e Dilma fizeram campanha juntos, no mesmo palanque -- a última vez que os dois dividiram um comício foi na convenção do partido, no dia 5 de agosto, em Venda Nova. No núcleo petista, apesar de ex-presidente ter vetado o MDB em sua chapa, ao contrário da preferência de Pimentel, que queria repetir o apoio de 2014 dos emedebistas, caciques do partido negam qualquer animosidade entre os dois.

Em seu discurso, Dilma fez questão de mencionar Pimentel e aproveitou para alfinetar Aécio Neves (PSDB), que desistiu de disputar o Senado, evitando um confronto direto com Dilma, para concorrer a deputado federal. "Tenho um companheiro de luta que está aqui e que se chama Fernando Pimentel. Foi aqui que fui, com ele, perseguida, torturada e presa. Daqui eu não saí para passear em São Paulo ou no Rio de Janeiro", provocou Dilma.

Na mesma linha, Pimentel fez duras críticas os adversário do PSDB e provocou o senador Antonio Anastasia, candidato da sigla ao governo de Minas. "Foi aqui que nós derrotamos os tucanos e demos a vitória à Dilma. Agora, um dos principais arquitetos dessa tragédia que se abateu no Brasil desde 2016 está querendo disputar eleição aqui para ser governador do Estado outra vez", criticou o governador.

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