Medalha inédita na ginástica artística, o ouro de Arthur Zanetti nas argolas foi bastante comemorado. Com apenas 1,56 metro de altura e 62 quilos, o paulista começou na modalidade aos oito anos. Mesmo sem ser conhecido como Diego Hypólito, o brasileiro bateu Yibing Chen, da China, campeão mundial e grande nome da prova.

Zanetti terminou a série com 15.900 pontos, contra 15.800 do asiático e 15.733 do italiano Matteo Morandi, qu ficou com o bronze.

Abaixo, confira a entrevista com o campeão olímpico:

Qual foi a estratégia para a apresentação?

Quis fazer uma série mais básica na eliminatória para chegar aqui, na final, e não ser o primeiro a se apresentar (ele se classificou em quarto lugar). Deu certo. Fiz essa série de sempre e acabei com essa nota maravilhosa (15.900).

Você estava totalmente seguro com relação à série?

Venho trabalhando essa série há muito tempo. Desde março, diariamente. Treinando inteira ou em partes. Eu estava bem seguro. Minha apresentação tinha mudado, assim como o grau de dificuldade. Nós (ele e o chinês Yibing Chen, prata com 15.800) tivemos a mesma nota de partida (16.800). Quem fizesse a melhor série iria ganhar.

Na saída do exercício, achou que fosse levar o ouro?

Naquele momento, achei que poderia ser uma medalha. Mas eu queria a de ouro. Senti que a série foi muito boa.

E quando viu a nota?

Abracei meu técnico (Marcos Goto), dei um sorriso enorme. Eu e ele ficamos bem satisfeitos com o trabalho de muitos anos, não apenas deste. Satisfeitos por essa medalha inédita.

O que você fez depois da apresentação aos jurados?

Eu já tinha combinado com meu técnico que a gente ia entrar e, depois, eu ia ao ginásio de aquecimento para fazer uma saída lá. Quando cheguei e vi a nota dele (do chinês, campeão olímpico em Pequim-2008), era muito boa, mas achei que dava para bater. E consegui.

Qual a perspectiva para a Rio-2016?

Vamos levar toda a equipe. Assim teremos mais chances.
 

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