Foram três horas de atraso para que o julgamento do goleiro Bruno Fernandes e outros quatro réus começasse definitivamente no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ao meio dia, a juíza Marixa Fabiane instaurou aberta a sessão e concedeu aos advogados 20 minutos para que cada um deles fizesse uso da palavra preliminarmente. Porém, alguns não concordaram com esse tempo.

Ércio Quaresma, que defende Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, ameaçou deixar o plenário por não concordar com o prazo. Depois disso, o jurista Francisco Simim pediu à juíza para conversar com Quaresma. Após alguns minutos, Simim, que representa a ex-mulher do goleiro Bruno, Dayanne Souza, usou o tempo para ameçar deixar o plenário como fez o colega.

Quaresma pediu ainda para anexar na ata a nota da OAB-MG e a petição feita por ele e encaminhada à Ordem, na semana passada, quando Bola foi julgado e absolvido da morte de um carcereiro. Na petição, Quaresma alegava que a juíza estava cerceando a liberdade dos advogados de defenderem seus clientes. Isso porque ele queria usar imagens dos depoimentos das testemunhas do caso Bruno no julgamento de Bola. A juíza, na época, proibiu que isso fosse feito.

Após a leitura da petição e anexação desse conteúdo à ata, Ércio Quaresma deixou o plenário. Em seguida, a juíza concedeu 15 minutos aos advogados de defesa para que eles decidam se devem deixar o plenário, a exemplo do colega A OAB-MG pediu para participar da reunião, o que foi concedido.

A todo momento Quaresma reafirmou que o cliente dele não vai aceitar nenhum defensor indicado pela Justiça. A juíza Marixa Fabiane reiterou que há defensores públicos preparados para atuar no julgamento e que já, inclusive, tiveram acesso aos autos.
 

Compartilhar