A primeira audiência de instrução sobre o assassinato de Sérgio Rosa Sales, de 24 anos, primo do goleiro Bruno, acontece na tarde desta segunda-feira (10), no 1º Tribunal do Júri no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.
A previsão é que durante a sessão, que comecou às 14h30, sejam ouvidas pelo menos três testemunhas de defesa e cinco de acusação, já que três foram dispensadas. Existe ainda a possibilidade de que os réus sejam interrogados.A imprensa não foi autorizada a fazer imagens e o público também não poderá assistir a audiência.
Assassinato
Sérgio Rosa Sales foi assassinado, no dia 22 de agosto deste ano, no bairro Minaslândia, na região Norte da capital. Ele havia deixado a penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves,no dia 11 de agosto do ano passado. O primo de Bruno respondia pelos crimes de homicídios triplicamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver, e ficou 400 dias presos. Na época da saída disse que se sentia "feliz e aliviado".
O crime ocorreu na rua Aracitaba esquina com rua Maria Madalena. O local fica perto da casa onde ele morava e, segundo os policiais, a pessoa que denunciou o homicídio não se identificou. O denunciante contou que ouviu cinco disparos de arma de fogo na rua e várias pessoas gritando.
Quando os militares chegaram ao local, encontraram o corpo de Sérgio na via pública com cinco marcas de disparos de arma de fogo.
Audiência
A liberdade de Sérgio foi decidida no dia 10 de agosto do ano passado, durante audiência na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Durante a sessão, os desembargadores Dorgal Andrada, Herbert Carneiro e Demilval de Almeida Campos decidiram, também, por unanimidade, que Bruno e os outros sete acusados de envolvimento pelo desaparecimento de Eliza Samudio vão a julgamento popular.
Mesmo não se livrando das acusações do crime, os familiares de Sérgio, na época, comemoraram a decisão. "Foi muita gritaria, festa e emoção quando recebemos a notícia que meu irmão seria solto", afirmou Cláudia Sales, irmã do acusado. O alvará de soltura foi assinado pela juíza Marixa Fabiane Lopes, por volta das 13 horas, na Vara Criminal de Contagem. (Com Pedro Rottterdan).