Começa em novembro vacinação contra aftosa em Minas Gerais

Jornal O Norte
25/10/2007 às 11:46.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:21

Da Agência Minas 

Do dia 1º até 30 de novembro tem início mais uma etapa de vacinação contra febre aftosa do rebanho bovino em Minas Gerais. A expectativa do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é a de que sejam imunizados cerca de 5,3 milhões de bovinos, nas idades até 24 meses, em 154 mil propriedades rurais, distribuídas por 325 municípios do Alto Paranaíba, Noroeste, Sul, Sudoeste de Minas e Triângulo Mineiro. Os municípios integram o Circuito Pecuário Centro-Oeste, juntamente com os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte do Paraná, São Paulo e Distrito Federal.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, Minas Gerais, informa que, como outros estados do Brasil, está empenhado em transformar todo o seu território em área livre de febre aftosa, o mais rápido possível. Para isto, está convocando todos os produtores, autoridades estaduais, municipais, sindicatos rurais, cooperativas e outros para esta derradeira batalha contra a doença.

“As autoridades municipais devem incentivar os produtores a vacinarem seus rebanhos, esclarecendo da importância da prevenção para evitar que o mal que já atingiu outras regiões do país, com sérios prejuízos para a economia nacional, reapareça em Minas Gerais”, diz Altino.

CUIDADOS BÁSICOS

A vacinação neste momento é de suma importância para a proteção do rebanho mineiro. Assim, na hora de vacinar o animal, o produtor deve tomar cuidados básicos e importantes tais como reunir o gado nos horários mais frescos do dia; transportar a vacina em caixa térmica com três partes de gelo para um de vacina, mantendo a temperatura entre 2º e 8º C e não vacinar animais doentes.

A aplicação correta da vacina é na tábua do pescoço, por via subcutânea ou intramuscular, tendo o cuidado de manter a seringa na posição inclinada, quase em pé, com a agulha apontando para baixo. Para o animal que possuir alto valor econômico, o produtor rural deverá pedir ao seu veterinário para acompanhar o manejo de vacinação.

ALERTA

“Infelizmente algumas regiões do Estado estão deixando a desejar nas etapas de vacinação no decorrer do ano”, alerta o diretor do IMA. Segundo ele, há problemas que precisam ser corrigidos para que a campanha em Minas Gerais não seja diferente dos demais estados da federação. “Algumas regiões estão com índices de vacinação bem abaixo do esperado e serão focos de um trabalho mais intensivo que estaremos desenvolvendo a partir de agora”, diz. “Vamos implementar o trabalho e intensificar as ações para melhorar esses índices”.

De acordo com Rodrigues Neto, a maior preocupação é com regiões “que possuem uma bacia leiteira grande”, mas pouco tecnificada. Nessas regiões, o IMA pretende fortalecer a sua presença e desenvolver um trabalho educativo junto aos pecuaristas. Diante deste importante desafio, tornou-se necessária uma maior divulgação das boas práticas de manejo e vacinação às comunidades rurais destas regiões.

“A importância da febre aftosa em saúde pública seria ínfima, se não considerássemos sob o ponto de vista social e econômico. Afeta os produtores, empresários e famílias rurais por seus efeitos desfavoráveis sobre a produção, produtividade e rentabilidade pecuária. Incide negativamente nas atividades comerciais do setor agropecuário, prejudicando o consumidor e a sociedade em geral pela interferência que a doença exerce na disponibilidade e distribuição dos alimentos de origem animal, assim como pelas barreiras sanitárias impostas pelo mercado internacional de animais, produtos e subprodutos. E mais, onera os custos públicos e privados, pelos investimentos necessários para sua prevenção, controle e erradicação”, diz o diretor-geral do IMA.

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