Segundo o representante do instituto brasileiro do feijão, Marcelo Eduardo Lüders, que coordenou um evento alusivo ao tema junto com as representantes do instituto Totum, Celina Almeida e Cláudia Veiga Jardim, todas as empresas convidadas compareceram, ouviram atentamente e contribuíram com observações pertinentes ao desenvolvimento do projeto.
A iniciativa foi aprovada e já foram iniciados os preparativos para a criação do selo de qualidade do feijão. Nos próximos meses, o Ibrafe instituirá um comitê que irá, junto com o instituto Totum, desenvolver o manual do puro feijão.
Segundo Lüders, durante a reunião, foi constatado que as marcas renomadas sofrem muito com as empresas talibãs que têm menores preços, mas não prezam pela qualidade do feijão, principalmente no que diz respeito à higiene. Foram levantadas questões referentes à classificação incorreta do grão e à falta de comprometimento com o consumidor.
- Pouco importa, para quem vende apenas o preço baixo, se o feijão tem algum grau de contaminação ou ainda se os produtos agroquímicos usados foram aplicados no tempo certo e na dose certa. Inúmeras amostras de feijão contêm resíduos de agrotóxicos e são descartadas pelas marcas que prezam a qualidade. É isso que queremos que o consumidor esteja ciente: que existem empresas que cuidam de sua saúde - disse Lüders durante seu discurso.
Entre outras observações, foi colocado em pauta a necessidade das empresas de haver um período de ajuste de conduta e auto regulamentação, antes de ocorrerem as primeiras fiscalizações e análises.
Segundo o instituto Totum, as marcas que receberem o selo Puro Feijão deverão ser monitoradas, a fim de manter a qualidade dos grãos que receberem o selo. Assim, também serão pesquisadas as marcas que não possuem o selo.