Comerciantes do cruzamento das Ruas Augusta e Peixoto Gomide, no centro de São Paulo, local que abriga a feira livre de drogas revelada pelo Estado na edição de domingo, 16, preferem o silêncio a comentar a ação dos traficantes da região.
"Estava cansada de varrer os pinos de cocaína vazios quando chegava para trabalhar", disse a funcionária de um salão de beleza. "A coisa aqui está feia, e agora a polícia deve aparecer por aqui durante a noite. Sempre existiu essas coisas (tráfico) nesse pedaço. Era uma coisa discreta, mais para a Augusta. Mas, como a polícia só olhava, sem fazer nada, foi ficando escancarada. Acho que é porque a molecada que vem ficar doida são todos playboyzinhos", disse a mulher, única disposta a falar com a reportagem. Ela pediu para não ter o nome divulgado.
Outros comerciantes disseram apenas que, durante o horário comercial, a atuação criminosa não acontece e, por isso, o tráfico não atrapalha. A reportagem permaneceu na rua por uma hora, na tarde desta segunda-feira, 17, e não viu nenhum carro da polícia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.