O custo da cesta básica de alimentos aumentou no ano passado em 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatítisca e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo levantamento divulgado ontem pelo órgão, Belo Horizonte registrou uma das altas mais expressivas (13,03%), acompanhada de Campo Grande (15,46%) e Brasília (14,76%). As menores variações positivas, no mesmo período, ocorreram em Recife (2,53%) e Natal (3,09%).
O valor da cesta básica em Belo Horizonte atingiu R$ 408,71 em dezembro do ano passado. O tempo gasto pelo trabalhador que mora na capital mineira para adquirir os produtos necessários foi de 94h15.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, já incluído o desconto da Previdência social, o trabalhador de Belo Horizonte comprometeu 45,57% do montante.
No mês passado, o maior custo da cesta básica no país foi verificado em São Paulo, onde atingiu R$ 471,44. Já o menor ficou com Recife (R$ 340,57).
Em dezembro, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família com quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.960,57, ou 4,15 vezes o mínimo à época, de R$ 954,00
Todas as cidades acumularam alta no preço do tomate. As maiores taxas foram observadas em Florianópolis (117,38%), Rio de Janeiro (113,28%, Belo Horizonte (110,34%), Brasília (103,80%) e Curitiba (102,87%).