Todo mundo sabe que o verão carioca é disputado. Na verdade, disputadíssimo! Turistas de todo o mundo e os próprios cariocas abarrotam as principais praias da Cidade Maravilhosa em busca de sol, bronzeado, futevôlei, paquera, amor de verão e Biscoito Globo. Para quem não se importa com multidão, é uma verdadeira festa, mas para quem quer se hipnotizar pelas silhuetas do Rio, uma boa dica é visitá-lo agora, na primavera.
E vale a pena ir para o Rio em outubro e novembro, antes da abertura da alta temporada. A começar porque é possível conseguir melhores opções de hospedagem, com preços mais justos. Com um volume de turistas reduzido (o Rio recebe visitantes o ano inteiro) também se come melhor. E até para passear é mais confortável.
Claro que nesse período, principalmente nos dias úteis, a efervescência das praias e principais pontos de encontro têm uma queda brusca, mas o Rio nunca será uma cidade “morta”.
Basta passear pelos calçadões de Copacabana e Ipanema, ou dar uma volta no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas para ver que sempre há movimento e o calor empurra os moradores para fora de casa, mesmo que numa proporção menor. Dá até para encontrar celebridades se exercitando pela manhã, sem que ninguém, exceto turistas, os importunem.
Visitar os pontos turísticos, como Pão de Açúcar e Morro da Urca e Corcovado também é mais fácil. Apesar do constante movimento de visitantes, não há aquela superlotação da alta temporada, que transforma a subida de bondinho ou acesso ao Cristo Redentor num verdadeiro martírio.
Além disso, na primavera a incidência de chuva é menor e dias de céu limpo são mais constantes, o que permite uma visão panorâmica perfeita da cidade nos pontos mais altos, como a Pedra da Gávea.
Além do trivial
Com a cidade menos concorrida, fica mais fácil visitar locais interessantes do Rio de Janeiro, que ficam às sombras dos principais pontos turísticos, como o Paço Imperial, que serviu de residência oficial da família real portuguesa e o Teatro Municipal, erguido no início do século XX.
Para quem gosta de literatura, um pulo na Biblioteca Nacional é um programa e tanto. O maior acervo da América Latina preserva cerca de 10 milhões de obras, dentre elas raridades como uma edição de “Os Lusíadas”, do final do século XVI. E, claro, como é primavera, não deixe de ir ao Jardim Botânico.
Para comer, reserve uma tarde para ir até a Confeitaria Colombo, um dos pontos mais tradicionais do Rio de Janeiro, que já teve fregueses ilustres como Getúlio Vargas e Villa-Lobos. Além da decoração refinada, com seus espelhos belgas, a casa é famosa por suas quitandas, doces e salgados.
Agora, uma pedida para tomar uma cerveja no fim de tarde e assistir de longe a hora do rush carioca é o Bar Urca. Localizado em dos bairros mais cobiçados do Rio, aos pés do Morro da Urca, o grande barato é beliscar um tira-gosto e molhar a palavra na muretinha, que dá para a Baía de Guanabara.
E, claro, não deixe de comprar um pacotinho do tradicional biscoito na mão dos ambulantes!