O processo de desenvolvimento de um automóvel é uma gestação que leva de três a quatro anos até o produto final. As razões para tamanha demora decorrem de um conjunto de fatores que vão da análise de mercado, normas reguladoras, tendências de estilo e uma série de outros fatores.
Para explicar melhor como tudo isso funciona, fomos até a fábrica da Fiat Chrysler (FCA), em Betim, e percorremos escritórios, estúdios e laboratórios para saber como um carro novo é concebido.
Tudo começa numa sala de ideias, com nome pomposo: Hub Meeting. É lá que analistas trazem tendências de mercado, como tipo de carroceria, tecnologias que estão em alta, cores e uma série de elementos.
Apesar de ser o campo das ideias, é nessa fase que se define o carro que chegará daqui a três ou quatro anos, se tudo correr dentro do prazo. Ou seja, os profissionais precisam ser muito assertivos para não colocar nas ruas um carro que já tenha perdido apelo.
Design
Com todas as ideias reunidas, é hora de o time de design dar forma ao pensamento coletivo do novo produto. Nesse estágio começam a ser desenvolvidas formas e identidade da novidade.
Tudo é validado pela alta cúpula da fabricante e também pela engenharia, que informará quais são os componentes disponíveis, tipo de suspensão, motores e transmissão. Não adianta criar um desenho incrível se não é funcional ou cabe nas proporções da plataforma disponível.
Matemática
Desenho pronto, o carro segue para a virtuali-zação, onde o veículo é construído em ambiente digital, chamado Matemática. Nessa “Matrix” é possível verificar todos os parâmetros do carro, desde comportamento do motor, aerodinâmica, ruídos e até a textura das peças de acabamento.
Depois de tudo analisado vem o protótipo. Essas primeiras unidades deverão comprovar tudo o que foi previsto. Se tudo der certo, o carro chega ao fim da saga no crash-test antes da fabricação em série.