Conflito político-religioso gera quarta noite de violênica na Irlanda do Norte

AFP
07/01/2013 às 07:49.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:21
 (Stephen Wilson/ AFP)

(Stephen Wilson/ AFP)

LONDRES - Novos incidentes explodiram na madrugada desta segunda-feira (7) na Irlanda do Norte, poucas horas depois do início do diálogo entre representantes políticos e religiosos para acabar com os atos de violências recentes em Belfast, que já deixaram desde quinta-feira (3) 70 detidos e 50 policiais feridos.

Tijolos, garrafas e coqueteis molotov foram jogados contra a polícia em várias ruas da cidade, segundo a polícia.

Estes confrontos começaram no dia 3 de dezembro, depois da decisão da prefeitura de Belfast, capital da província britânica da Irlanda do Norte, de não mais hastear de forma permanente a bandeira britânica.

Esta decisão controvertida provocou reiterados incidentes violentos, lançados pelos protestantes partidários da união da Irlanda do Norte com o Reino Unido.

Segundo o balanço fornecido pela polícia no domingo, 52 policiais ficaram feridos desde o começo dos confrontos, e 70 pessoas foram detidas e 47 indiciadas.

Repercussão

O premiê da Irlanda do Norte, Peter Robinson, do Partido Unionista Democrático (DUP, protestante), considerou a violência
"injustificável" e "vergonhosa".

"Os responsáveis prejudicam gravemente a causa que pretendem defender, e são manipulados pelos grupos dissidentes que buscam
aproveitar as menores oportunidades para fazer suas aspirações terroristas avançarem", afirmou.

A Irlanda do Norte viveu 30 anos de violência entre protestantes unionistas e republicanos católicos partidários da unificação com a Irlanda, que deixaram 3.500 mortos.

Apesar do acordo de paz de 1998, que estabelece a divisão de poder entre católicos e protestantes, incidentes esporádicos ainda são registrados naquela província.

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