Construtoras inflacionam leilão para construção do Terminal 3 de Confins

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
30/11/2012 às 07:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:55

(Divulgação)

As construtoras que participaram do primeiro processo de licitação para construção do Terminal 3 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, inflacionaram os preços no novo certame, aberto na quinta-feira (29).

Comparando os valores oferecidos agora com os menores lances do primeiro processo, fracassado em função da diferença entre o que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) pretendia pagar e o que as empresas queriam receber, a elevação passa de 50%.
 
Dona da menor oferta no leilão de ontem, a Sial ofereceu R$ 75,38 milhões para colocar de pé o terminal remoto, valor 25% maior do que os R$ 59,97 milhões propostos após uma série de descontos no processo anterior.

Diante de um lance que ainda considera alto, a Infraero barganhou e pediu à Sial um desconto de 37%, o que daria R$ 47,49 milhões. É praticamente a mesma quantia que a estatal estava disposta a desembolsar no primeiro e frustrado leilão.

Prazo

A construtora tem agora até a próxima terça-feira (04), às 17 horas, para dizer se aceita reduzir o preço ou se tem uma contraproposta. “Somos a empresa vencedora e nosso departamento de orçamento vai fazer toda a análise necessária. Mas não adianta ter o preço do órgão se ele for inviável. Temos que seguir os nossos cálculos e orçamentos”, afirmou o diretor da Sial, Armando Hiroshi.

Sobre a diferença de 25% entre o preço mínimo oferecido no primeiro leilão e a atual oferta, Hiroshi disse que esta é uma outra concorrência, que sofreu alteração de itens.
 
À época do anúncio do fracasso da primeira licitação, Salua Assaf, gerente da Sial, declarou que não haveria a menor possibilidade de realizar uma obra do porte do terminal remoto por menos de R$ 50 milhões. “Isso é o preço de custo. É um valor totalmente fora da realidade, inviável”, disse, em entrevista ao Hoje em Dia. Os custos são elevados, justificou, devido à complexidade da obra, que exige alto grau de tecnologia nos sistemas de voo e de segurança

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