Contadores fazem plantão para atender retardatários do Imposto de Renda

Tatiana Moraes
29/04/2019 às 20:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:26

(Riva Moreira)

Na reta final para a entrega do Imposto de Renda (IR), escritórios de contabilidade estão a todo o vapor para dar conta da demanda. Até o fim do dia de hoje, a Receita Federal (RF) espera receber mais 519,3 mil declarações em Minas Gerais. Até às 16h de ontem, 2,350 milhões já tinham sido enviadas. Os formulários mineiros representam 9,36% do montante nacional. Por minuto, 3.648 documentos chegam à Receita. 

Os funcionários do escritório de Contabilidade Mãe Rainha, no bairro Salgado Filho, têm se desdobrado para cumprir os prazos. Para isso, na semana passada os empregados do local fizeram hora extra todos os dias e, também, precisaram trabalhar no sábado. No domingo, a proprietária Silvânia Resende da Fonseca trabalhou das 7h às 18h.

“O brasileiro tem o hábito de deixar tudo para a última hora e com o Imposto de Renda não é diferente. Muitos clientes estavam esquecendo. Fizemos um mutirão e ligamos para todos. Conseguimos fechar todas as declarações no domingo para nos prepararmos para receber mais na segunda”, conta a empresária. 

E a demanda realmente aumentou.Até por volta das 15h de ontem, o escritório já havia recebido 12 novos pedidos. Devido ao prazo apertado, o valor do serviço aumentou 10%. “Deixar para a última hora é perigoso porque nem sempre a pessoa tem os documentos em mãos”, pondera Silvânia. 

Caso seja necessário enviar o formulário incompleto e retificar o documento depois, como sugerem os especialistas aos retardatários, será cobrado 50% do valor inicial pelo escritório.

Segundo o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos, o maior problema é a falta de organização dos contribuintes. Muitos, aliás, descobrem na última hora que não conseguirão fazer a declaração sozinhos e recorrem aos escritórios especializados. 

“Muitos contribuintes ainda estão nos procurando para que façamos o serviço, principalmente por encontrarem dificuldades na elaboração ou em encontrar alguns documentos”, afirma.

Quem entregar o material incompleto deve fazer uma declaração retificadora assim que estiver com todas as informações. E o procedimento, segundo Domingos, é o mesmo de uma declaração comum. A diferença é que no campo Identificação do Contribuinte deve ser informado que a declaração é retificadora.

“A entrega desta forma (incompleta) não significa que a declaração irá automaticamente para a malha fina, porém, depois da entrega, os contribuintes deverão fazer o material com muito mais cuidado, pois as chances serão maiores”, alerta.

Um dos cuidados que deve ser tomado é entregar a declaração retificadora no mesmo modelo (completo ou simplificado) utilizado para a declaração original. É fundamental que o contribuinte possua o número do recibo de entrega da declaração anterior, para a realização do processo.

 
 

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