Janaína Gonçalves
Repórter
A quinta prorrogação do IPI - Imposto de produtos industrializados para carros divulgada pelo governo acabou no final de março deste ano. O incentivo aqueceu o mercado de vendas no setor automobilístico. Nas concessionárias, restam poucas unidades e modelos com descontos.
Para quem pretende dividir a compra em parcelas a perder de vista, as concessionárias garantem boas opções. A maioria oferece parcelamento que chega a 72 vezes sem entrada, além de campanhas com juros subsidiados. Tudo para não deixar as vendas caírem. Desde a implantação do IPI, o governo federal deixou de arrecadar R$ 1,75 bilhão.
Segundo a responsável pela Credicarro, Daniela Pimenta Almeida, do Bairro São José, desde o início da redução do imposto, os carros populares com até mil cilindradas tiveram taxas reduzidas de 7% para zero, os automóveis entre mil e duas mil cilindradas combustível gasolina reduziram de 13% para 6,5%. Já no caso dos carros biocombustível e os movidos a álcool, o imposto foi reduzido de 11% para 5,5%. Os carros mais potentes acima de duas mil cilindradas não tiveram o benefício.
De acordo com o proprietário de uma concessionária de motos novas e usadas no Bairro São José, Sílvio Júnior Aleixo de Carvalho, desde a implantação da redução da alíquota da Cofins, muitos fabricantes estão baixando ainda mais os preços de motos, na tentativa de reverter a situação do mercado, que registra queda nas vendas desde outubro do ano passado. Para ele, as perdas foram bem altas.
- As perdas somam uns R$ 18 mil desde o ano passado. Ou seja, o prejuízo na venda de uma moto chega a R$ 1.200, no valor de compra, sem contar que, antes, tinha um estoque de 40 e hoje estou com apenas 25 motos usadas. Para atrair os clientes, opto por contratos acessíveis - diz.
Segundo Carvalho, uma moto nova que custava R$ 9.147 hoje custa R$9.070.
A Honda, por exemplo, terá ofertas em seus modelos importados, que estarão com o financiamento facilitado e descontos nos preços. Além disso, a fabricante adotou o câmbio de R$ 1,75 para cada US$ 1, em alguns modelos, como a CBR 1.000, que custará R$ 53.990. Já a Dafra diminuiu os preços de alguns modelos, como a Laser 150 e a Kansas 150, que passaram de R$ 5.990 para R$ 5.490, e a Super 100, cujo preço passou de R$ 3.990 para R$ 2.890. A Yamaha, por sua vez, oferece as motocicletas Neo e MT 03, por R$ 5.543 e R$ 26.950, respectivamente. O primeiro modelo poderá ser financiado em 48 meses, já o segundo em 24 parcelas.