Antes presente somente em automóveis maiores e mais sofisticados, o CVT já está disponível opcionalmente até em carros compactos produzidos no Brasil.
O “Continuosly Variable Transmission” é um câmbio do tipo automático, mas seu princípio de funcionamento não se assemelha nem ao automático convencional, nem ao automatizado (do tipo Dualogic da Fiat ou I-Motion da VW).
No câmbio automático ou automatizado não existe o pedal da embreagem. O motorista não passa as marchas mas elas existem e se percebe nitidamente quando a caixa está cambiando. De primeira para segunda, ou reduzindo de quarta para terceira, por exemplo.
Aí vem o CVT com outro conceito completamente diferente. O sistema também não tem o pedal de embreagem, mas também não conta com um número fixo de marchas. É como se tivesse infinitas opções de marchas.
Para explicar melhor: numa subida forte quando a quarta é fraca mas a terceira é forte e o faz o motor subir muito de giro? Neste caso, o ideal seria uma “terceira e meia”, mais forte que a quarta, mais fraca que a terceira. Se você continuar o raciocínio, vai perceber que sempre se poderia ter uma marcha mais adequada naquele momento. Este é o princípio do CVT: como diz o nome, ele é continuamente variável e vai se ajustando exatamente às necessidades do carro e do motorista em cada momento. Ele vai continuamente variando a relação das marchas e por isso o motorista nem percebe esta mudança: não existe, no CVT, a tradicional mudança de ruído, do mais forte para o mais fraco ou vice-versa. São infinitas relações de câmbio, como se fossem milhares de marchas.
Assim como no câmbio automático, existe uma alavanca para engatar “D” (Drive) ou “L” (Low, que reduz a relação), Neutro, Ré ou Parking.
Algumas caixas CVT oferecem a opção de “engatar”marchas na alavanca. É um recurso que fixa o sistema em algumas posições, criando marchas virtuais e permitindo que o motorista faça a opção por alguma delas.