Cooperativa de Moc luta para pagar dívidas

Jornal O Norte
27/02/2009 às 09:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:51

Janaína Gonçalves


Repórter

Será realizada hoje, 27, na Usina de Leite de Montes Claros, a segunda reunião para discutir as melhorias a serem tomadas na Cooperativa. De acordo com o presidente da Cooperativa Agropecuária de Montes Claros - Coopagro, Lúcio Tolentino Amaral, a proposta encaminhada desde a úlltima reunião, em 30 de janeiro, aos atuais dirigentes teve como objetivo repassar a Usina para a Associação dos Produtores de Leite do Norte de Minas; também estão sendo estudadas a proposta de revitalização; a   criação de uma empresa privada e até mesmo de uma nova cooperativa junto a Sociedade Rural, Sindicato Rural e da Credinor.

(foto: XU MEDEIROS)





A dívida da cooperativa chega a R$ 30 milhões

Lúcio Amaral explica que a cooperativa luta pela quitação de dívidas que chegam a R$ 30 milhões, nos bancos do Nordeste e do Brasil, além do Instituto Nacional de Seguridade Social –INSS.

- Acredito que a assembleia é uma das oportunidades para viabilizar e investir na marca.

Na tentativa de mostrar-se como uma alternativa superior, a Coopagro vive em constante tensão. Esta situação e problemas relativos à profissionalização são umas das prioridades e serem alcançadas - comenta.

Ele explica que este novo ambiente de negócios conduz as cooperativas a um momento de reflexão, em que seus dirigentes percebem os novos desafios que deverão enfrentar para sobreviver nesse ambiente de alta turbulência. Por um lado apresentam-se desafios e oportunidades.

ALTOS E BAIXOS EM MAIS DE MEIO SÉCULO

O espírito de cooperação  está evidente na formação e desenvolvimento do ser humano. Podemos datar que desde o século XVIII se formava as primeiras organizações cooperativas. Em Montes Claros está realidade está há 54 anos na cidade, durante estes anos forma identificadas às propostas de colaboração e ajuda mútua, de maneira informal ou formal, em várias sociedades, desde as mais remotas.

Conforme o presidente, fala-se em crise mundial, mas este fato se alastra internamente ao setor cooperado.

- Para sobreviver e crescer, a cooperativa necessita garantir um bom desempenho econômico por estratégias diferenciadoras e uma gestão mais eficaz de seus negócios, atuando com vantagem competitiva nos mercados - avalia.

De acordo com o Amaral, cerca de 3,5 mil associados da Coopagro poderão ser obrigados a ter que tirar dinheiro do próprio bolso para que a cooperativa continue a prosperar.

PRODUÇÃO

O presidente ressalta que produção anual de leite na Usina chega a 11 milhões de litros, cerca de 30 mil litros diariamente fornecidos por 350 produtores, sendo que 14 litros são destinados para fora e o restantes são investidos em laticínios como manteiga, bebidas lácteas e queijo.

AGRICULTURA FAMILIAR

Lúcio Amaral estuda uma alternativa que venha viabilizar o funcionamento da cooperativa, que beneficia os pequenos produtores que sobrevivem da agricultura familiar.

- Temos aqui 110 funcionários, 300 produtores de leite, em Montes Claros, Francisco Sá e Capitão Enéas, o que na verdade somam com as famílias que sobrevivem dos serviços 4.000 mil pessoas - alerta.

O cooperativismo possui grande relevância para a economia brasileira, na medida em que atua apoiando o desenvolvimento econômico e social, principalmente das pequenas propriedades rurais. As cooperativas agropecuárias atuam no fomento e na comercialização dos produtos agrícolas, inclusive implantando novos cultivos e agregando valor aos produtos por meio de complexos agroindustriais.

- O crescimento dessas organizações, sobretudo pela revitalização de suas operações, tem exigido a busca de fontes de capital para financiar as necessidades líquidas de capital de giro dos seus negócios. Decisões sobre financiamento afetam diretamente a saúde financeira das organizações, à medida que produzem um risco financeiro maior - finaliza.

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